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De megafavorita para a conquista de mais um título mundial a seleção brasileira transformou-se no grande vexame da Copa da Alemanha.

Tudo começou com o desprezo ao pentacampeão Felipão que, ao perceber a legião carioca cercando a CBF sob a liderança de Zagallo, resolveu aceitar o convite dos portugueses e foi brilhar na Europa.

Com o veterano e cansado Zagallo à frente, retornou o pragmático Parreira, somando-se aos jogadores que levam vida de super estrelas, transformando os treinamentos da seleção em bate-bolas de meio campo, brincadeirinhas, preparação física deficiente e algazarras nos hotéis, em meio aos privilegiados da televisão que tiveram acesso ao que deveria ser a concentração para o hexacampeonato.

Preguiçosamente a seleção iniciou a preparação em Weggis e foi para a Alemanha com preocupante auto-suficiência da comissão técnica e dos principais jogadores. Jamais os adversários foram respeitados e nem mesmo as primeiras más apresentações, contra as fracas equipes da Croácia e da Austrália, serviram como alerta, apesar dos protestos da crônica esportiva. Antes, pelo contrário, foi motivo de revolta por parte de Parreira e de diversos jogadores, com destaque à dupla Cafu e Roberto Carlos, que nem deveria ter sido convocada pelo mau futebol apresentado nos últimos anos.

Enquanto isso, os alemães estudavam até as características dos batedores de pênalti dos adversários, os portugueses se superavam com um time medíocre nas asas da motivação do carismático Felipão, os italianos se superavam em meio à grave crise institucional em seu futebol e os franceses mostraram categoria e determinação, os brasileiros não se corrigiram.

Mesmo com a quantidade de craques colocada à sua disposição, Parreira não teve competência para formar um time, escalando mal, preparando mal, esquematizando mal e mexendo mal. A colocação de Adriano, quando no intervalo do jogo com a França ele deveria ter substituído Cafu e Kaká por Cicinho e Robinho, foi um tapa na cara dos brasileiros: Parreira quis provar que o seu quadrado com dois avantes daria certo. Não deu, como jamais aconteceu durante a Copa.

O momento exige profundas transformações na seleção, a começar pela troca da comissão técnica. Paulo Autuori, Wanderley Luxemburgo e Geninho são as melhores opções, se a CBF preferir continuar esnobando Felipão.

E o time precisa de uma injeção de sangue novo, com menos estrelismo e mais dedicação ao vestir a gloriosa camisa canarinho.

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