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A editoria de esportes do jornal continua batucando o noticiário no período de férias, onde brotam especulações e anúncios das novidades para os times, mas o colunista fica sem assunto.

Para evitar incursões filosóficas ou o simples distanciamento do tema da página, o melhor é dar férias para o colunista.

Mas para quem tem a bondade de passar os olhos por essa coluna, que completou 32 anos nesta Gazeta, há de ter reparado que de vez em quando procuro fugir um pouco do futebol percorrendo outros caminhos.

O rame-rame fica cansativo, daí a tentação de mudar um pouco o rumo. E não é só com o tema esportivo, mas também no campo político que, cá entre nós, já encheu as medidas.

É tanta incompetência, falta de respeito com a sociedade e corrupção que só mesmo os ingênuos acreditam que as eleições de 2018 vão resolver tudo.

Precisamos de uma nova Constituição, produzida pelos representantes do povo, mas sem a presença de políticos profissionais. Alguma coisa bem diferente para tentar mudar de vez o cenário sombrio da administração pública brasileira.

Voltemos ao fim do assunto.

Certa feita, antes de um Fla-Flu, o genial Nelson Rodrigues descobriu-se sem inspiração para tratar do clássico. Logo ele que, ao lado do irmão Mário Filho, pai da crônica esportiva moderna, contribuíra de forma decisiva para imortalizar o jogo mais charmoso do futebol carioca.

Martelava a cabeça do Nelson a sensação – perfeitamente compreensível, para quem é do ramo – de que já dissera tudo e já escrevera tudo sobre o Fla-Flu.

Bem, se para o grande Nelson Rodrigues, com aquela imaginação prodigiosa que o fazia passear indistintamente por gêneros literários tão variados, às vezes ficava difícil escrever sobre um jogo, imaginem para nós, simples mortais, que tentam sobreviver “à sombra das chuteiras imortais”.

Benditas férias depois de tantos acontecimentos que marcaram o ano.

Da satisfação de ver a seleção brasileira recuperar a forma técnica e o apetite por vitórias até o chocante desastre aéreo que dizimou o time da Chapecoense.

No panorama local, o Londrina ameaçou surpreender e pular para a Série A, mas faltou textura técnica para se impor como mandante. Surpreendeu como franco-atirador nos jogos fora de casa. Será preciso mais trabalho para a próxima temporada.

Coritiba e Paraná decepcionaram os seus torcedores com campanhas pífias e terão de melhorar muito para recuperarem o terreno no ano que vem.

O Atlético teve mais um período intenso de realizações, passando da instalação do gramado sintético para a conquista do título estadual e o retorno à Copa Libertadores da América.

Feliz Natal a todos.

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