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O Campeonato Brasileiro nem bem começou e os árbitros já estão conseguindo desagradar. É impressionante a incapacidade técnica dessa gente. E quando não se cometem erros de interpretação surge a prepotência como fator de mal estar, como aconteceu com Wílson de Souza Mendonça ao proibir, domingo, um jogador do Fluminense usar a máscara protetora.

Das falhas mais corriqueiras da rodada tivemos o pênalti duvidoso assinalado a favor do Atlético, sábado, no Maracanã; as duas penalidades inexistentes – na primeira foi bola na mão e, na segunda, a bola bateu no ombro do beque gaúcho – marcadas no jogo Paraná x Grêmio e, o erro mais grave de todos, contra o Flamengo, no Beira-Rio: o atacante Obina foi atingido pelo defensor, caiu na área, não reclamou e mesmo assim foi expulso de campo pelo juiz Zequeto.

Além de não ter visto a infração cometida pelo zagueiro do Internacional, o árbitro se achou no direito de interpretar que Obina simulou para tentar cavar a marcação do pênalti.

Mas o que tem provocado muitas dores de cabeça é o impedimento. Até hoje não consegui descobrir se o impedimento é um bem ou um mal no futebol. Aos poucos, porém, a televisão começa a desmoralizar essa controvertida regra e, é lógico, os auxiliares de linha. O olho eletrônico colocado ao lado do campo, no mesmo ângulo de visão do auxiliar, mostra que a cada três impedimentos o bandeirinha erra pelo menos uma vez.

A lei do impedimento foi uma sacada dos ingleses, que inventaram o futebol moderno, dando-lhe um toque de inteligência que o diferencia dos outros esportes. Ela se encontra entre o genial e o controvertido.

A verdade é que sua correta interpretação é complicada, mesmo após a mudança havida quando a International Board passou a considerar o jogador livre para a ação ofensiva quando estiver na mesma linha do penúltimo adversário. Antigamente era pior e os equívocos dos bandeirinhas muito mais bárbaros.

Os auxiliares foram colocados em xeque pela complexidade do lance que a lente da câmera começou a denunciar com sistemáticos libelos visuais. Acontece que os olhos humanos não possuem a velocidade do olho eletrônico e, com a transmissão direta dos jogos pela televisão, somada ao rigor dos comentaristas de arbitragem – que esperam o replay para dar a sentença final – os bandeirinhas ficaram com o couro negociado.

Como a Fifa não vai mais rever a lei do impedimento, a solução é usar a ação esclarecedora da televisão da mesma forma que ela passará a ser utilizada nos casos de gol nos quais forem geradas dúvidas se a bola ultrapassou ou não a linha da meta.

O olho da televisão é implacável. Nem sequer pisca.

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