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A verdadeira pergunta que não quer calar é onde você estava quando soube do assassinato de John Kennedy. É do tipo onde você estava quando Getúlio Vargas se suicidou ou quando o homem pisou na Lua.

A minha geração conviveu com todas essas notícias que fizeram história. E os cinquenta anos da morte violenta de JFK ganharam as manchetes, cadernos especiais em jornais e revistas, inundando o noticiário que serve para confirmar Lee Oswald como um exibicionista solitário que atirou no presidente para vingar-se do seu fracasso pessoal – e tornar-se celebridade com a mesma mancha do ator John Wilkes Booth, que covardemente atirou em Abraham Lincoln.

Os hagiógrafos de JFK não se cansam de enaltecê-lo pelas frases que se tornaram célebres, mesmo se sabendo que havia uma equipe de talentosos redatores, paga pela fortuna do pai, para assessorá-lo desde os tempos em que se elegeu deputado. E outra equipe para evitar os escândalos de um namorador patológico que não acreditava que as mulheres usassem o cérebro. Com muita habilidade foi esculpida em vida a imagem de um político jovem, intelectual, audaz e capaz. Os Estados Unidos jamais haviam conhecido uma máquina de propaganda tão eficiente, mas que tristemente se desfez naquela tenebrosa tarde em Dallas. Morreu o homem, ficou o mito.

Ah, ia esquecendo: depois das aulas no Colégio Regente Feijó, em Ponta Grossa, almocei em casa e fui à sorveteria Polar, do velho amigo Paraguaio, aproveitar as delícias do melhor sorvete do mundo, sem medo de errar. A Polar está lá até hoje na Rua Santos Dumont para quem quiser experimentar. A notícia veio na voz potente do locutor Eron Domingues através do Repórter Esso – testemunha ocular da história –, em edição extraordinária. Foi um baque para todos.

Atletiba

A dupla volta a campo em partidas revestidas da maior importância pelas dramáticas circunstâncias das últimas rodadas do campeonato.

O Coritiba, que vinha aos trancos e barrancos desde a precipitada dispensa do técnico Marquinhos Santos, foi infeliz na contratação de Péricles Chamusca e aposta todas as fichas em Tcheco, uma espécie de Krüger em nova edição. Claro que ele está há anos-luz da arte, dos gols e do carisma do "Flecha Loira", mas se conseguir evitar o colapso coxa-branca, poderá iniciar a carreira como treinador. O Internacional com o seu elenco milionário também precisa da vitória para evitar o rebolo do rebaixamento.

O Atlético, que vinha bem na classificação, perturbou-se com as finais da Copa do Brasil e acabou derrotado por Criciúma e Botafogo, obrigando-se a vencer as três últimas partidas para assegurar a vaga na Libertadores. Se voltar a jogar com a mesma disposição e acerto mostrada na goleada sobre o São Paulo, não terá dificuldades. O Náutico apenas cumpre tabela.

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