As boas coisas da vida vêm sempre aos pares. A necessidade de duplas pode ser vista em qualquer atividade humana. No cinema, por exemplo, houve no passado o Gordo e o Magro, Bing Crosby e Bob Hope, Dean Martin e Jerry Lewis; nos tempos modernos temos De Niro e agora Di Caprio, ambos fazendo tabelinha com Scorsese, Fellini e Mastroianni, Oscarito e Grande Otelo.
A música não fica atrás. Tivemos Tom e Vinícus, Miele e Bôscoli, Vinícius e Toquinho, Roberto Carlos e Erasmo, Gil e Caetano, Tonico e Tinoco, Jararaca e Ratinho, sem esquecer dos internacionais Lennon e McCartney.
Enfim, tudo tem de ter seu par para dar certo. O Santos chegou o auge da sua história com Pelé e Coutinho; o Palmeiras com Dudu e Ademir da Guia; o Corinthians com Luisinho e Baltazar depois Sócrates e Casagrande; o São Paulo com Gino e Zizinho mais adiante Serginho e Zé Sergio ou Muller e Careca. O que seria do Botafogo sem Didi e Garrincha ou Gerson e Paulo Cesar: O Fluminense sem Telê e Valdo ou o Casal 20 Washington e Assis? O Flamengo sem Índio e Evaristo ou Henrique e Dida e Tita e Zico? O Vasco sem Vavá e Rubens, Zanata e Roberto Dinamite ou Edmundo e Romário?
No plano internacional, Di Stefano-Gento, Fontaine-Kopa, Müller-Overath, Eusébio-Coluna, Bobby Charlton-Hurst, Valdano-Maradona, Ardiles-Kempes, Conti-Paolo Rossi, Gullit-Van Basten, Careca-Maradona, Puskas-Kocsis, Zidane-Henry, Xavi-Iniesta, Kroos-Schweinsteiger, Messi-Neymar, Cristiano Ronaldo-Benzema.
A história do futebol paranaense está intimamente ligada aos pares. No Coritiba, Neno-Altevir, Babi-Miltinho, Ivo-Duílio, Kruger-Kosilek, Leocádio-Zé Roberto, Hidalgo-Dreyer, Eli-Luizinho, Lela-Indio, Luis Freire-Pedro Rocha e Tostão-Chicão. No Atlético, Jackson-Cireno, Odilon-Taíco, Zé Roberto-Madureira, Sicupira-Nílson, Washington-Assis, Oséas-Paulo Rink, Alex Mineiro-Kléber, Washington-Denis Marques. No Ferroviário, Emédio-Ari Carneiro, Afinho-Isauldo, Paulo Vecchio-Bidio. No Água Verde, Duílio-Grilo, Padreco-Russinho. No Pinheiros, Marinho-Camargo, Serginho-Marquinhos. No Colorado, Téia-Genau, Buião-Edu, Mauro Madureira-Geraldão. No Paraná, Serginho-Saulo, Adoílson-Claudinho, Ricardinho-Caio Junior. No Londrina, Adamastor-Paulo Vecchio, Everton-Carlos Alberto Garcia. No Maringá, Zuring-Edgar, Didi-Nivaldo. No União Bandeirante Paquito-Tião Abatiá. No Operário, Alex-Zeca, Leocádio-Silvio, Ruy-Juba. No Rio Branco, Fábio e Odair.
Os times que formaram seus pares ficaram mais próximos de colocar as mãos na taça, porque as duplas funcionaram como próton e elétron.
Mostre o seu par e te direi quem és.
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