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Os apreciadores de futebol estão atônitos com o panorama sombrio que ronda Atlético, Coritiba e Paraná às vésperas do início do Brasileiro. A exceção fica por conta da dupla campeã do Interior: Londrina, por ser comandado profissionalmente e manter a mesma estrutura há quatro anos, e Operário, o espetacular campeão estadual que aplicou 5 a 0 no placar agregado da final contra o favorito Coritiba.

A situação londrinense é mais tranquila porque o trabalho está estruturado, enquanto que os dirigentes do Fantasma enfrentarão dificuldades para manter a base do vitorioso elenco. Talvez o treinador Itamar Schülle renove o contrato por ter se adaptado à cidade e ao clube, além do entrosamento com o experiente diretor de futebol Antonio Mikulis, responsável pelas transformações em Vila Oficinas.

Foram quatro meses tempestuosos para o trio da capital, com lances novelescos que só desagradaram os torcedores. No Paraná, caíram o presidente e o treinador; no Atlético, depois da desorganizada pré-temporada na Espanha, o vexame de disputar o Torneio da Morte e a troca de dois treinadores em apenas quatro meses; no Coritiba, a retumbante goleada sofrida no domingo desnudou as limitações da equipe.

Com o trio na lona, o público aguarda os próximos capítulos que se iniciam, logo mais à noite, com jogos da dupla Atletiba pela Copa do Brasil. É desnecessária análise semiológica enunciativa mais profunda para constatar que os dramas do futebol atleticano começam e terminam no desconhecimento e na instabilidade emocional da ditadura que comanda o clube.

Ninguém sabe o que passa pela cabeça dos dirigentes e o que é apresentado na Arena da Baixada anda muito distante dos sonhos da fiel torcida. Obviamente ela cansou desse regime fechado que domina o outrora festivo Furacão.

É desnecessário exame mais apurado para verificar o equívoco de a diretoria do Coritiba ter contratado excessivo número de jogadores que não resolveram o problema do time. E a prateleira já esta recheada de novidades que não empolgam o torcedor.

Seria mais coerente prestigiar as revelações da base mescladas a dois ou três reforços efetivamente de peso. Sem um meia armador criativo e um atacante de categoria para somar-se ao goleador Rafhael Lucas dificilmente Marquinhos Santos conseguirá desenvolver o projeto alviverde.

Eliminado na Copa do Brasil, o Paraná conta com Nedo Xavier para reorganizar o time que estreará, sexta-feira na Série B.

Se o problema fosse apenas o treinador, tudo estaria resolvido, pois Nedo conhece futebol e pode ajudar muito. Mas o xis da questão continua sendo fora do campo com pilhas de ações trabalhistas, contas atrasadas e outras preocupações que atazanam a vida do Paraná.

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