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Putin ganhou no grito.

A mobilização de importantes autoridades e figuras populares do futebol dos países envolvidos nas escolhas das sedes das copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar, em meio a denúncias envolvendo membros do comitê da Fifa, acabou respingando em todo mundo.

A Fifa apelou para a censura na tentativa de conter a publicação sobre o escândalo do pagamento de propina pela empresa ISL a alguns de seus membros nos anos 90. A entidade que comanda o futebol mundial chegou a pagar multa de mais de R$ 16 milhões à Justiça suíça por dois integrantes da sua cúpula pelo acordo que encerrou o processo de investigação oficial.

O primeiro-ministro russo Vladimir Putin saiu atirando e acabou ganhando no grito dos países da Europa central. Na véspera da reunião, em Zurique, Putin disse que "o processo é uma competição sem escrúpulos". Logo ele que é líder de um país que não respeita os direitos humanos, ameaça a liberdade de imprensa e persegue jornalistas e políticos dentro e fora dos limites da Rússia. O envenenamento parece ser a preferência dos antigos agentes da KGB.

Os respingos chegaram ao Brasil através das denúncias contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que acumula a função de presidente do comitê organizador da Copa de 2014, tendo sua filha como secretária-geral.

A Inglaterra enviou o primeiro-ministro David Cameron, acompanhado do príncipe William, enquanto os Estados Unidos mandaram o ex-presidente Bill Clinton. Perderam a viagem.

Depois da surra que levou na escolha entre o Rio de Janeiro e Chicago para os Jogos Olímpicos de 2016, Barack Obama preferiu ficar em casa. O temível grupo Wiki­­Leaks apontou críticas formuladas por diplomatas americanos contra o "jeitinho tipicamente brasileiro de deixar tudo para a última hora".

Diante de tantas perguntas sem respostas que consigam efetivamente esclarecer as questões expostas pelas agências internacionais de notícia, será inevitável a abertura do debate interno em torno do planejamento do Mundial em nosso país.

O senador paranaense Alvaro Dias – que presidiu a CPI do futebol há dez anos – deu o pontapé ini­­cial propondo investigar oficialmente as denúncias que envolvem o alto dirigente do futebol brasileiro.

Mas outros temas importantes estão em discussão, como, por exemplo, a definição do estádio de abertura do torneio em São Paulo e a indefinição da construção do estádio na sede de Natal.

Como aparentemente o estádio de Itaquera, a ser construído pelo Corinthians, depende do apoio do Comitê Organizador da Copa e da própria Fifa, aumentou o volume do debate em torno do Morumbi como melhor local.

Até mesmo o presidente da República defende que a abertura seja realizada no estádio do São Paulo. E lembrem que Lula é ferrenho corintiano, mas não mistura paixão com a realidade dos fatos.

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