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O que tem minado o rendimento dos principais times do futebol paranaense nos últimos anos é a falta de planejamento. Traduzindo: os dirigentes demonstraram dificuldade para comandar o futebol dos clubes e os profissionais contratados também fracassaram.

Por isso, o Paraná caiu para a Segunda Divisão; o Coritiba passou dois anos na Segunda Divisão e não consegue acertar o pé e o Atlético há quatro anos não ganha títulos e só disputa o Campeonato Brasileiro para não ser rebaixado.

É grande a escassez de profissionais qualificados no país para as funções de diretor de futebol ou supervisor. Tudo porque falta estudo e preparo para os ex-atletas e para aqueles que se arvoram na complexa profissão. É fundamental estar muito preparado para desempenhar essas funções.

Quanto aos técnicos, eles se transformaram em joguetes nas mãos dos cartolas, mas, como ganham muito bem, aceitam as regras do jogo e, raramente, ficam desempregados mais de um mês.

O Paraná cometeu o erro de entregar a formação do elenco sob a responsabilidade do técnico Comelli e o resultado todos conhecem. Agora, no desespero, Velloso – um principiante na carreira – começou o desgaste a partir da intempestiva substituição do jovem Bruninho, uma das maiores esperanças da equipe.

O Atlético contratou quatro autênticos bombeiros em meio a diversos outros técnicos que se quebraram pelo meio do caminho, com destaque especial ao desconhecido Casemiro Mior, ao excêntrico Lothar Matthäus, ao simplório Givanildo e ao explosivo Roberto Fernandes.

Os bombeiros foram, pela ordem de entrada, Antônio Lopes em 2005; Vadão em 2006; Ney Franco em 2007 e Geninho em 2008. Os quatro salvaram o time da queda e continuaram na temporada seguinte até a perda do título estadual. Uma rotina que denuncia completa falta de planejamento.

O Coritiba tentou diversos técnicos de prestigio para substituir Júnior. Os melhores custariam muito caro e outros não aceitaram a proposta. Veio Ivo Wortmann, provavelmente o oitavo ou nono da lista. Fez o que pode com um elenco tecnicamente limitado, alcançando o clímax na vexatória derrota para o Iraty, que não havia pontuado no octogonal.

Escalou Pedro Ken como ala-direita e não funcionou, deslocando-o para o meio e colocando Márcio Gabriel no lugar de Leandro Donizete. Também não funcionou. Contrariado com o mau futebol de Marcos Aurélio, substituiu-o por Renatinho e, tentando dar mais força ao ataque, trocou William por Hugo. Não deu certo e a derrota tornou-se inevitável diante da torcida atônita no Alto da Glória.

Caiu Ivo, mas o novo técnico a ser contratado deve saber que vai ter de trabalhar exatamente com os mesmos jogadores. No máximo, a diretoria conseguirá trazer um ou dois reforços, conforme os recursos financeiros disponíveis. Pouco para quem prometeu tanto à torcida no ano do centenário.

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