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Quando vieram lhe pedir a cabeça do todo-poderoso chefe do FBI, J.Edgar Hoover, porque mandara espionar os líderes do movimento pelos direitos civis, sem respeitar nem o reverendo Martin Luther King, o presidente Lyndon Johnson, que governou os Estados Unidos de 1963 a 1969, disse não. O político, que agora ganhou uma biografia cinematográfica condizente com a sua atuação num dos períodos mais traumáticos daquele país, rejeitou a ideia com um argumento que se tornaria um marco do pragmatismo político quanto mais não fosse pela forma que o debochado texano encontrou para se expressar: “É melhor ter o Hoover dentro da nossa tenda, urinando para fora”, ensinou, “do que tê-lo fora, urinando para dentro”.

Os dirigentes dos clubes brasileiros podem, ou não, conhecer a história, mas como anda a administração central do futebol, eles estão aplicando a Lei de Johnson na continuidade das relações com a desmoralizada cúpula da CBF.

Não existe uma explicação razoável para a complacência dos cartolas com a atual gestão da entidade que comanda o futebol no país. O ex-presidente está com prisão domiciliar em Nova York e o atual com receio de viajar e ser apanhado pelo FBI.

Pano rápido e mudança de cenário.

Depois de perder tempo com Dunga e ser pressionada por todos os lados a CBF contratou Tite como técnico e a seleção desandou a ganhar jogos.

Óbvio. Competência é um artigo que não se compra em supermercado. Se adquire com trabalho, estudo, experiência e talento. Tite não só conseguiu recuperar a autoestima dos jogadores como escolheu as peças certas, desenhou o figurino tático adequado e igualou a marca de seis vitórias consecutivas em Eliminatórias da Copa das “feras do Saldanha”, em 1969.

Diante do panorama político e gerencial da entidade em comparação com o repentino sucesso da seleção sob nova direção, até parece que a CBF possui duas faces. Uma limpa, intocada e aplaudida por todos; outra maculada, contestada e desprezada por todos.

Faz lembrar de Jano, o deus romano com duas faces.

Jano era considerado o deus das mudanças e transições, figura associada a portas de entrada e saída. A sua face dupla também simbolizava o passado e o futuro.

Novo campeão

Dependendo da combinação dos resultados dos jogos de Palmeiras, Santos e Flamengo nesta rodada, poderemos conhecer o novo campeão nacional.

O grande favorito é o Palmeiras, recuperado e muito bem dirigido pelo paranaense Cuca, que transformou um elenco mediano em time altamente competitivo.

Acima da Copa do Brasil de 2012 e 2015,será a grande conquista do Verdão paulista após o fim da gestão Parmalat.

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