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Verificava-se predomínio do futebol argentino e uruguaio na Libertadores, estendendo-se para a Co­­pa América disputada pelas seleções nacionais.

Como a ampliação das vagas na Libertadores coincidiu com a verdadeira profissionalização do futebol brasileiro – melhor organização, novos centros de treinamentos, melhores estádios, patrocínios, parceiros e, sobretudo, verbas da televisão –, os nossos times começaram a frequentar com maior assiduidade as fases decisivas da Libertadores e, recentemente, da Sul-Americana. A seleção foi no embalo e emplacou vários títulos nas últimas edições da Copa América.

E o panorama internacional emoldura o Campeonato Bra­­si­­lei­­ro que passou a ser disputado na busca do prêmio encantado: um lugar na Libertadores. Agora, também um lugar na Sul-Ame­­ri­­cana­­, que embarca o campeão de cada temporada para a Liber­­ta­­do­­res.

É o que mais se ouve e se lê nos últimos meses: a corrida pelas três, ou quatro, vagas no maior torneio continental. Como a disputa do titulo transformou-se em festa de apenas três clubes – Fluminense, Cruzeiro e Corinthians –, estes também ambicionam presença na vitrine externa com maior faturamento.

Mas Botafogo, Atlético, Grêmio e São Paulo continuam alimentando os seus sonhos, da mesma forma que o Palmeiras passou a jogar tudo na consagração como campeão da Sul-Americana.

Para um futebol de nível intermediário como o paranaense, e pe­­riférico sob o ponto de vista da mídia esportiva nacional, a presença do Atlético no bolo principal não deixa de ser reconfortante.

Ele simplesmente conseguiu mudar de patamar. Ou seja, de potencial candidato ao rebaixamento nas últimas temporadas passou para o pelotão que ambiciona melhores colocações.

Mais importante ainda é reconhecer que o Furacão qualificou-se durante a competição, mudando o comando técnico e contratando uma dúzia de novos jogadores.

Depois de uma sucessão de experiências malsucedidas e de grosseiros equívocos táticos – com destaque às desastrosas apresentações diante do Fluminense, no Maracanã, e do Palmeiras, no Pacaembu – praticados por Car­­pe­­giani, o time acertou o pé.

O técnico renunciou ao esquema com três zagueiros e desenhou a escalação que passou a corresponder quase integralmente. Houve percalços, próprios de um campeonato árduo como esse e a torcida lamenta a perda de quatro pontos na reta de chegada, em casa, para Vasco e Fluminense. Porém o saldo é positivo.

É importante lembrar que o Atlético conta com volantes exímios marcadores, mas falhos na saída de bola; não possui um meia armador e sim dois exímios pontas de lança e não dispõe de um ataque eficiente e realizador. Mas graças ao goleiro, aos alas, à dupla interior de zaga e, sobretudo, à garra do time e o seu invejável condicionamento físico, o Rubro-Negro surpreende a sua fervorosa torcida.

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