• Carregando...

Todos sabem que o torcedor é volúvel e se satisfaz apenas com a vitória. A maioria não quer saber como ela foi conquistada, desde que possa festejar e ir às ruas vestindo garbosamente a camisa vencedora.

Tal qual pluma ao vento – como escreveu Verdi –, muito provavelmente a comissão técnica e o grupo do Coritiba teriam uma semana mais tranquila se o time retornasse vitorioso de Ponta Grossa ou, pelo menos, com o empate.

Ninguém ia levar em conta que os comandados de Marquinhos Santos estão jogando no limite para se sustentar no Estadual. Como se trata de um campeonato tecnicamente fraco e com exigências mínimas, dá para imaginar as dificuldades que virão nas competições nacionais. E o problema não se resume à insegurança do goleiro Vaná, mas toda composição defensiva e a ausência de um volante do nível de Leandro Donizete, por exemplo.

A virada sobre o Londrina foi reconfortante, como seria a repetição do feito no domingo. Será mais difícil diante do convincente futebol apresentado pelo time de Vila Oficinas.

O analista tem por dever profissional e, obviamente, pela experiência adquirida, pensar diferentemente dos dirigentes mais empolgados e dos torcedores apaixonados. Por isso, com qualquer desfecho domingo reitero a opinião de que o Coxa ainda não possui elenco para alçar voos mais ousados na Copa do Brasil ou no Brasileiro.

Não se esqueçam de que o hoje assustador Fantasma formou o time há quatro meses e está feliz da vida por ter conseguido vaga na Série D e na Copa do Brasil.

Arena vazia

Desde que o Atlético voltou a jogar na Arena da Baixada tenho escrito e repetido que o torcedor está triste e, consequentemente, o quadro social diminuiu. Tão preocupante para os atleticanos como o time sem raça e sem talento é que o custo operacional do novo estádio exige muita competência de quem tem a responsabilidade de manter as contas em dia.

Os números apresentados no balanço do clube confirmam a constatação visual em dias de jogos com o moderno estádio praticamente vazio. E não voltará a ficar lotado enquanto a diretoria insistir com a contratação de profissionais de segunda linha.

A política de tentar revelar jogadores ou garimpar promessas para negócios futuros não basta. O torcedor só aceita pagar o preço pedido quando os dirigentes voltarem a ter visão esportiva, e não apenas mercantilista. Ou seja: o torcedor cansou de promessas não cumpridas e de times medíocres.

Só retornará em massa quando estiverem vestindo a camisa rubro-negra jogadores talentosos e que possam se transformar em ídolos com a faixa de campeão.

A esperada linha de shows e eventos ainda inativa, e a falta de maiores esclarecimentos oficiais, também aflige os atleticanos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]