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O Atlético paga o alto preço do primário trabalho feito durante o campeonato estadual e apresenta uma equipe desentrosada, insegura e que só escapou de goleada graças à magistral atuação do goleiro Neto, especialmente no primeiro tempo.

A defesa, ponto alto do time, esteve mal posicionada na etapa complementar facilitando o caminho do gol para o Galo, destacando-se que no terceiro – marcado por Ricardinho – houve tabela a longa distância em plena grande área rubro-negra.

Com os veteranos Paulo Baier e Alex Mineiro bem abaixo do nível de exigência física colocada em campo, o Furacão perdeu a força e só reagiu quando o técnico Leandro Niehues finalmente mexeu no time, sobretudo com a entrada de Bruno Mineiro, o melhor atacante do atual elenco.

Foi incontestável a superioridade técnica do time de Vanderlei Luxemburgo e, sem choro nem vela, o Furacão afundou um pouco mais na classificação sem vencer há um mês.

Para evitar o pior, a diretoria terá de trazer os reforços exigidos - com urgência na meia-cancha – e aproveitar a paralisação da Copa do Mundo para completo remanejamento em seu departamento de futebol profissional.

Clausura

Desde que desembarcou em Curitiba a seleção brasileira manteve-se enclausurada no CT do Caju. Ainda bem que os jogadores estão desfrutando das dependências do melhor centro de treinamentos do país.

Exceto as janelas diárias para a imprensa, invariavelmente com dois representantes da delegação, o resto do dia segue na base do ninguém entra, ninguém sai.

Ontem houve treinamento físico, permitindo-se a gravação de imagens, mostrando que os jogadores gozam de boa saúde na sede campestre atleticana.

Mas Dunga tem razão em manter a turma com rédea curta, pois ainda estão vivas as imagens do festival em que se transformou a fase de preparação da equipe brasileira na última Copa. A cidade suíça de Weggis virou autêntico parque temático da seleção e seus fãs.

Boleiros e baladas rimam desde que o futebol chegou por estas paragens.

Cada clube tem a sua história particular de jogadores boêmios e indisciplinados, reservando-se para a seleção os casos mais famosos como o de Garrincha, que aproveitou as folgas durante a Copa na Suécia para fazer um filho que não conheceu. Gerson e Sócrates fumavam nos intervalos de partida sem que o técnico ou algum dirigente tivessem coragem de adverti-los.

Renato Gaúcho e Leandro fugiram da concentração as vésperas da Copa no México, em 1986, e foram cortados por Tele Santana. Romário foi vigiado pelo próprio capitão Dunga com quem dividiu o quarto durante a Copa nos Estados Unidos.

A maioria dos atuais jogadores é mais consciente e possui maior senso profissional, mas ninguém está livre da tentação ou de alguma abordagem que possa trazer prejuízos para o sucesso do trabalho.

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