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Acendeu o sinal vermelho no painel de controle dos atleticanos. Tem muita coisa acontecendo na mesma hora: a diretoria tentando transferir para o líder da oposição a responsabilidade de negociar com o governo e com a prefeitura as pendências da Arena da Baixada; o gramado ficou destruído após o primeiro show; a estranha mudança do nome oficial do quase centenário estádio e a impressionante escalada descendente do time.

O primeiro engano de Milton Mendes foi ter aceitado o elenco sem restrições, enfatizando que não necessitava de reforços. Saiu-se bem no começo ao descobrir um time competitivo. Mas eram apenas 11 e tão logo iniciaram o rodízio e as lesões, percebeu que estava pisando em terreno movediço. Quando começou a afundar, não parou mais.

Ontem, em nova derrota, desta vez para a Ponte Preta, o Furacão jogou bem na etapa inicial, porém foi uma fonte inesgotável de incompetência ofensiva na etapa complementar. Teve um pênalti sobre Cryzan não assinalado, mas no geral decepcionou a torcida que não economizou vaias.

Coxa esvaziado

O depoimento de Ney Franco na edição de ontem causou certa surpresa porque a maioria absoluta dos treinadores prefere esconder a sujeira.

Sincero, incisivo e muito claro em suas declarações, o técnico revelou as mazelas dos cartolas que tumultuavam o ambiente no futebol do clube. Destacou a atuação do presidente e mostrou-se confiante na recuperação do Coxa. O amadorismo com segundas intenções atrapalha muito o trabalho dos profissionais no futebol.

Descaracterizado pelas ausências de vários titulares importantes, o time demonstrou espírito de luta e, pela organização tática, poderia ter obtido melhor sorte no Mineirão, ontem. Sofreu o primeiro gol em pelotaço indefensável do ala Ceará e no segundo tempo partiu para cima do Cruzeiro. Quando estava próximo do gol de empate, o zagueiro Manoel cometeu pênalti não assinalado pelo árbitro. Na sequência, em contra-ataque do mesmo Manoel, a defesa estava desarrumada e William completou para fechar o escore em favor da equipe mineira.

A dor maior

Perder faz parte de qualquer modalidade esportiva. No futebol, entretanto, perder em casa representa a dor maior. Perante a torcida, frente a um adversário do mesmo nível técnico e com todas as vantagens de mandante o Paraná não conseguiu evitar mais uma derrota na Vila Capanema. O time continua oscilando, sem definição no meio de campo, sem explorar os alas com eficiência e, obviamente, sofrendo de verdadeira inanição ofensiva. Sobrou para Fernando Diniz, of course.

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