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É preciso dar tempo ao tempo antes de realizar qualquer tipo de avaliação sobre as principais equipes do campeonato que se iniciou aos trancos e barrancos. Pelo menos o torneio começou, o que não é pouco, em se tratando da nossa conturbada Federação Paranaense de Futebol.

Lamenta-se a completa ausência de promoção e marketing em torno da abertura do campeonato estadual, que é tão carente de cuidados especiais.

Tristemente o futebol paranaense trilhou o caminho inverso, provocando verdadeiro esvaziamento na largada por conta de uma série de acontecimentos administrativos desagradáveis que, com um pouquinho de competência e isenção, teriam sido evitados com larga antecedência.

É preciso dar tempo ao tempo para que técnicos, preparadores físicos e jogadores mostrem a que vieram nesta temporada.

Torna-se, a meu ver, bastante vago promover qualquer tipo de análise sobre as possibilidades das equipes antes dos primeiros 30 dias. Só mesmo depois desse período, que equivale quase à primeira fase do Estadual, aos primeiros jogos da Copa do Brasil e à estréia do Paraná na Taça Libertadores da América, é que se pode comentar com consistência. Depois disso, sim, será possível promover um exame mais apurado do índice de acerto nas contratações e das potencialidades de cada time.

Na questão das contratações é preciso levar em conta o grande número de jogadores que saíram e entraram nas equipes. O Paraná, por exemplo, que luta pelo bicampeonato, mudou toda a estrutura e, mesmo assim, conseguiu vencer o Iraty, de virada, na abertura do campeonato. Sinal animador para os tricolores.

E não se trata nem de analisar os resultados da rodada, afinal todos estão em fase de arrumação. É claro que algumas coisas não passaram despercebidas, como o time B do Atlético que vencia o J.Malucelli por 3 a 1 e cedeu o empate no final. A deficiência defensiva crônica do time A rubro-negro parece ter contaminado o time B.

Mas não será por falta de treinador que o Atlético deixará de melhorar o rendimento defensivo, pois começa o ano com dois profissionais atendendo o mesmo elenco.

O que se deve destacar é a tradição de o Campeonato Paranaense apresentar uma ou mais equipes do interior como agradáveis surpresas a cada nova edição. Por mais difícil que seja a vida do futebol do interior há de se enaltecer o esforço e o trabalho dessa brava gente. Podem anotar, porque logo, logo teremos o surgimento das primeiras novidades.

E a competição vai engrenar mesmo na segunda fase já que, pela fórmula, o mais difícil para os grandes candidatos ao título será ficar de fora. Só mesmo um acidente impedirá que o trio da capital esteja presente na segunda fase, como também os tradicionais do interior.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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