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Na época, a conquista do Torneio do Povo foi importante para o Coritiba e para o incipiente futebol paranaense.

Mas, após os títulos nacionais do Coxa e do Atlético e as participações de nossos três principais clubes diversas vezes na Taça Libertadores da América, o futebol paranaense amadureceu e ganhou outra estatura.

Apenas como registro histórico gostaria de lembrar que se tratava de um torneio de verão – disputado nos meses de janeiro e fevereiro – enquanto os times realizavam uma espécie de pré-temporada. Foram convidados os detentores das maiores torcidas das capitais escolhidas: Flamengo, Corinthians, Atlético Mineiro, Internacional, Coritiba e Bahia.

Porém, naquele período, os melhores times do país, tecnicamente, eram o Santos de Pelé, o Botafogo de Jairzinho, o Vasco de Roberto Dinamite, o São Paulo de Gérson, o Palmeiras de Ademir da Guia, o Cruzeiro de Tostão, que não participaram da competição.

Disputado em apenas um turno o Torneio do Povo teve três edições e não foi mais realizado depois de 1973.

Cheguei ao tema porque, a meu juízo, ele não deveria ser comparado à conquista do título brasileiro de 1985. Campeão brasileiro é um título de peso.

Não discuto o direito de o Coxa colocar mais uma estrela na camisa, pelo Torneio do Povo, ou mesmo por causa do título da Segunda Divisão que está chegando. É uma decisão interna que deve ser respeitada. Apenas, como jornalista que acompanha o futebol há mais de quatro décadas, não poderia deixar de destacar a diferença técnica e histórica entre os dois títulos nacionais do Coritiba.

Tanto é verdade, que os outros dois times campeões do Torneio do Povo, nas edições de 1971 e 1972 jamais se referiram a ele.

Consciência

Curiosa a notícia que dá conta da preocupação da diretoria do Grêmio com a partida da próxima semana, frente ao Atlético, na Arena da Baixada.

O clube gaúcho estaria solicitando segurança especial por temer represálias em Curitiba.

Consciência pesada ou desconhecimento da civilidade curitibana ?

Os jogadores Tcheco e Itaqui foram julgados pelo tribunal desportivo pela violência praticada no confronto entre as duas equipes no Olímpico, da mesma forma que Sandro Goiano e Gavillán foram denunciados pela agressividade no recente jogo com o Palmeiras.

Nem mesmo o Fluminense, clube com o qual o Atlético teve grandes problemas, tais como a agressão sofrida pelo goleiro Ricardo Pinto nas Laranjeiras e a rasteira no tapetão em 1997, ou o São Paulo, após aquela confusão nas finais da Taça Libertadores da América, sofreram qualquer tipo de constrangimento quando visitaram a Arena da Baixada.

O Grêmio é um clube querido e respeitado por aqui, onde residem milhares de gaúchos perfeitamente integrados à sociedade paranaense.

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