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Mesmo invicto no Estadual desde o ano passado, o Coritiba paga o preço pelos três empates e troca de posição com o Atlético

Agora, o líder e favorito à conquista do turno é o Furacão que, por seus méritos, conseguiu dar a volta por cima transformando o time apático e desorganizado que foi rebaixado em um time aguerrido e taticamente bem coordenado.

Desde a estreia, no triunfo sobre o Londrina, em Ponta Grossa, destaquei a nova postura da equipe atleticana, mais no plano psicológico do que propriamente na parte estratégica, a qual se desenvolveu com o passar dos jogos, aumentando o crédito do técnico Juan Carrasco. Ative-me mais ao comportamento dos jogadores que, de abatidos e desencontrados na temporada passada, mostraram-se motivados e fazendo de tudo para acertar. Aí entra o trabalho da nova diretoria e dos novos integrantes da comissão técnica: foi-se o amadorismo característico da gestão anterior e entrou um grupo profissional, que não deseja perder tempo, até porque o clube luta contra o calendário para tentar resgatar, o quanto antes, a imagem extremamente desgastada pelo acúmulo de fracassos dentro de campo.

Os dirigentes anteriores não se entendiam e perdiam tempo com picuinhas, ao ponto de o presidente Marcos Malucelli encerrar o mandato completamente isolado, com o time rebaixado, sem ter apresentado um projeto para a Arena da Copa e apenas com o discutível orgulho de ter deixado dinheiro em caixa.

Más contratações de jogadores e incessante mudança de técnicos contribuíram, decisivamente, para a derrocada.

Juan Carrasco observou, selecionou e eliminou os jogadores tecnicamente insuficientes, aí incluído Santiago "Morro" García, que esta se tornando o maior mico da história do futebol paranaense. Mas tem mais: o técnico uruguaio revela experiência, coerência, conhecimento e, sobretudo, que está atualizado e sintonizado com o futebol moderno. Bem ao contrário de diversos técnicos brasileiros, mascarados, que ganharam fortunas e nada fizeram para retirar o Atlético do fundo do poço. Até pelo contrário, ajudaram a enterrar, recebendo a grana e confirmando o quanto a maioria dos treinadores brasileiros é metida a besta e anda completamente desatualizada.

Se mantiver o ritmo e conseguir alguns reforços de peso, especialmente no comando do ataque, o Atlético pode recuperar-se em grande estilo.

Quanto ao Coritiba, a confirmação da minha constatação de que o atual elenco é, tecnicamente, inferior ao do ano passado. Por enquanto, Leandro Do­­nizete, Leo Gago, Marcos Aurélio e Bill continuam sem substitutos à altura e o técnico Marcelo Oliveira começa a sentir as críticas pelos resultados insatisfatórios.

O principal problema do time coxa-branca é não conseguir dominar o meio-de-campo e submeter os adversários aos seus desígnios.

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