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O supervisor Paulo Jamelli, que estava um tanto desgastado no Coritiba, não suportou o confronto com o técnico Ivo Wortmann por causa da reintegração de Rodrigo Mancha no elenco.

Esta poderia ser a síntese da saída do dirigente-profissional, porém, ela embute a preocupação, a seriedade e a objetividade com que a diretoria coxa-branca encara a conquista do título no ano do centenário.

Depois dos tropeços iniciais, pela limitação técnica do elenco por causa de questões financeiras, o Coritiba não pretende desperdiçar o presente que recebeu do Atlético logo na primeira rodada do octogonal decisivo.

O caminho foi o fortalecimento do técnico, que acertou na formação da equipe na goleada sobre o Paranavaí e, consequentemente, a sequência do trabalho baseado na capacidade individual dos melhores jogadores.

Mais explicações

No Atlético, a rotina das explicações para novas derrotas.

Contratando jogadores em quantidade e sem critério de avaliação, o clube vem falhando demais, tanto que não ganha título há quatro anos.

No Brasileiro passado a situação agravou-se com o troca-troca de técnicos – Geninho foi o quinto da louca temporada –, de preparadores físicos e, sobretudo, de jogadores. O grupo foi reformado às pressas, com jogadores em péssimo estado físico e, obviamente, sem condições técnicas imediatas. Teve jogador contratado que nem chegou a jogar. Mas, com a desesperada contratação de Geninho, a união de todos e o trabalho psicológico bem sucedido, deu-se o milagre.

Com o clube sem recursos financeiros pelos gastos excessivos da diretoria anterior, soou como música aos ouvidos dos novos dirigentes a avaliação de Geninho pedindo a manutenção de oitenta por cento do time que quase levou o Furacão para o buraco. No trabalho hercúleo para evitar o rebaixamento, o técnico e os jogadores entenderam-se, nascendo a cumplicidade.

Por isso, o time continua apresentando os mesmos personagens, com os mesmos defeitos e ganhando jogos apenas em cima da fragilidade dos adversários e não pelo futebol convincente.

A derrota para o J.Malucelli, que almeja uma vaga na série D do Brasileirão, foi a senha para deixar a fervorosa torcida atleticana apreensiva.

Ataque e defesa

Enquanto Maradona privilegia o esquema de jogo da Argentina com ofensividade, procurando extrair o máximo dos baixinhos Agüero, Tevez e, sobretudo, Messi, Dunga faz o Brasil ficar forte na defesa.

Cada um representando o que foi como jogador.

Claro, com Gilberto Silva, Felipe Mello, Elano e Ronaldinho jogando mal, o goleiro Júlio César teve de operar milagres para evitar o vexame da seleção brasileira.

Hoje, diante do Peru, provavelmente todos jogarão melhor, a seleção vencerá e Dunga voltará a sorrir com o canto da boca.

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