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Qualquer decisão do Campeonato Paranaense sem o envolvimento das massas do Atlético ou do Coritiba perde em emoção. Talvez, por se tratar de um futebol servido de poucas equipes com envergadura técnica, o Paranaense necessita da tradição, do estresse que sempre é carregado pelos torcedores alviverdes e rubro-negros.

Mas como Paraná e Paranavaí não têm nada a ver com a incapacidade técnica da dupla Atletiba, reuniram méritos suficientes para as finais que começaram de forma tranqüila, sem nervosismo e dentro do que era esperado.

O Paranavaí, que belo nome tem a cidade e o time, porém a mediocridade da mídia local insiste em chamá-lo de ACP, uma sigla sem expressão como seria, por exemplo, tratar o Coritiba de CFC, o Atlético de CAP ou o Paraná de PC. Quanta falta de imaginação dessa brava crônica esportiva que tem nos brindado pela televisão com trans-missões pobres em criatividade e conhecimento.

Mas vamos ao jogo no qual o Paranavaí reinou absoluto em campo diante de um Paraná retraído, com pouca iniciativa e dando, nitidamente, a impressão de que foi buscar o empate para decidir o título em casa.

No primeiro tempo, o time de Amauri Knevitz tentou diversas vezes o ataque, mas como insistiu pelo miolo só teve uma única real oportunidade de gol com a bola batendo na trave paranista. Na etapa complementar, a partida desenvolveu-se de maneira mais objetiva, até com o Paraná saindo um pouco do figurino tático definido por Zetti e tendo a chance do gol através de contra-ataque de Dinélson que serviu Josiel a feição mas o atacante finalizou muito mal pela linha de fundo. E foi só para o Tricolor, pois daí em diante só deu Paranavaí e Flávio andou segurando o que pode para evitar os gols.

Em lance de falta bem cobrada por Tales, o Vermelhinho abriu a contagem e soube pressionar mantendo o adversário sob o controle até o apito final de Antonio Denival de Moraes, que realizou boa arbitragem. Boa, porque interpretou com correção os lances capitais, manteve em bom nível a parte disciplinar e, é claro, contou com a colaboração dos times, por não terem rivalidade intensa.

Por falar em arbitragem, observando outras finais estaduais que se iniciaram ontem, constatamos a falta de unidade do apito nacional. Senão vejamos: o goleiro do Botafogo cometeu pênalti ao aplicar um carrinho sobre o atacante do Flamengo para evitar o gol e foi expulso de campo; o goleiro do Santos cometeu pênalti dando um ponta-pé no atacante do São Caetano para evitar o gol e recebeu apenas o cartão amarelo. Como estamos nos aproximando da fase decisiva da Copa do Brasil e de mais um Brasileiro preparem-se para muitos dissabores com a complicada arbitragem brasileira.

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