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Durante a semana, especulou-se que Geninho escalaria Lima ou Marcinho como parceiro de Rafael Moura no ataque, no clássico contra o Paraná. Para surpresa de todos, o técnico do Rubro-Negro optou por Júlio César. E a surpresa maior foi Márcio Azevedo, que até então não havia atuado neste campeonato, aparecer na ala esquerda, no lugar de Netinho. E tudo aconteceu de maneira satisfatória para o Furacão, que fez dois gols e poderia ter ampliado o placar no primeiro tempo.

Na etapa complementar, porém, o Tricolor equilibrou o jogo com a entrada de Élton no lugar Lenílson. E o time da Vila passou a jogar no 3–5–2, chegou a diminuir com Agenor, o melhor em campo.

Já o Atlético jamais lembrou o que havia feito na primeira etapa, principalmente, na ala direita, com a saída de Zé Antônio, entrando Alberto. Este, aliás, ainda não justificou sua escalação nesse seu retorno ao Atlético, que, mesmo com alguns tropeços e deixando a desejar em alguns jogos, continua líder isolado neste campeonato.

Verdão fora do ritmo

O Coritiba perdeu, naturalmente, por 3 a 0. Digo "naturalmente" na medida em que o time do interior foi superior durante os 90 minutos. E também nos acréscimos. Na mão oposta, o time do técnico Ivo Wortmann, com certeza, fez sua pior apresentação neste ano. E não houve alterações propostas pelo treinador que desse conta da inércia que dominava o grupo. A equipe alviverde foi lenta na saída de bola, sem jogadas pelas laterais, com uma zaga perdida na marcação, assim como seu meio-de-campo, que foi totalmente dominado. Nesse setor, aliás, o time do Beltrão demonstrou mais uma vez que Eurico e Safira continuam jogando bem, a exemplo do ano passado.

Voltando ao Coritiba, Renatinho – que tem boa técnica – não encontrou nesse jogo o posicionamento ideal para que pudesse armar as jogadas.

Dessa forma, a defesa do Engenheiro Beltrão não teve dificuldades para garantir o placar de 2 a 0 na etapa inicial, sem nenhum absurdo pelo que estava produzindo. E aquela máxima de que 2 a 0 é um resultado perigoso para quem está vencendo não pode ser aplicada nesta situação, pois o Coritiba ainda sofreria mais um gol, para o desespero da nação coxa-branca.

Agora, o Ivo certamente nesses sete jogos do Paranaense e um pela Copa do Brasil já deve ter consciência daquilo que vai precisar, além de uma boa revisada na zaga, pois nos últimos jogos ela sofreu cinco gols. E isso é demais.

Ora, quando dirigente, treinador e jogadores têm o mesmo discurso após uma derrota, a única coisa que fica restando é fazer com que a torcida esqueça a imagem deixada na última partida. De que forma? Realizando um jogo impecável, com vitória. Só isso.

É com esse espírito que o Coritiba precisa jogar contra o Toledo amanhã, no Couto Pereira, para não ser surpreendido gratuitamente, de novo. É isso.

dionisio@gazetadopovo.com.br

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