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O Paraná, antes de a bola rolar, era apontado como um dos que subiriam para a Série A e, mesmo com aquela derrota para o Avaí em casa, no primeiro jogo, o otimismo continuava, pois para aquele tropeço o argumento foi creditado ao velho acidente de percurso.

Com algumas mudanças, inclusive no comando técnico, uma nova equipe foi montada, retornando, assim, a esperança. E Paulo Comelli, o novo treinador, contou com o apoio de seus auxiliares Ageu, Chita e Renato Seco, este preparador de goleiros.

Algumas contratações também foram feitas, dentre elas a do goleiro Mauro, que, logo na estréia, levou um tremendo frango, responsabilizando o vento pela falha. Com a experiência de seu preparador, porém, pôde se recuperar e fazer bons jogos, como no sábado, contra a Ponte Preta, quando o Tricolor não fez uma boa apresentação, mas teve competência para vencer com um gol de Éder, aliviando a tensão da torcida paranista, pois o risco de cair para a terceira divisão não existe mais.

Isso, no entanto, caro leitor, é muito pouco para uma equipe que, no ano passado, esteve na Libertadores. Espera-se que o sufoco vivido neste campeonato sirva como um aprendizado para futuros desafios e que tudo seja diferente em 2009, sob o comando técnico de Paulo Comelli, que realmente demonstrou todo seu conhecimento a serviço do time paranista.

Covardia sem rosto

Ainda não consigo entender como algumas pessoas ainda se julgam superiores e tenham uma postura construída na força do preconceito e ainda se considerem com autoridade para analisar o outro a partir da cor de sua pele.

Ora, mais uma vez, o estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, serve de palco para esse tipo de manifestação racista. É chegado o momento de as pessoas que se dizem horrorizadas com essa atitude tomarem providências. Não adianta virem com essa resenha que vão apurar os fatos, punir o clube e as conseqüências esbarrarem na estrutura de frases de efeito, ficando o dito pelo não dito.

Antes, aliás, de qualquer coisa, quem merece punição é o indivíduo que faz do alambrado sua tela de proteção, que se utiliza da voz da torcida para ecoar seu ódio e seu descontentamento contra um esporte formado de uma alegria coletiva, para demonstrar a dimensão de sua covardia, quando o ofendido se encontra totalmente indefeso, sem nenhuma possibilidade de uma resposta à altura da situação.

Certamente, se essa voz destoante encontrasse o Felipe num restaurante, por exemplo, e tivesse a oportunidade de se aproximar dele, pediria um autógrafo (ou quem sabe, até posaria para uma foto ao lado do atleta corintiano) para exibir para os amigos como um troféu. Mas, quando não pode ser identificado, entre milhares de desconhecidos, se vale de seu eterno anonimato, para exteriorizar a frustração de ser o que efetivamente nunca poderá deixar ser. Aí, sua covardia ganha proporções lamentáveis.

Espera-se que o STJD faça as apurações pertinentes ao caso e faça também valer a força da justiça que, em hipótese alguma, pode ser menor que a garganta de um covarde sem rosto.

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