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A competência dos treinadores brasileiros tem sido muito questionada nas poucas vezes que surgiu alguma possibilidade para eles treinarem as equipes europeias. Foi assim com Vanderlei Luxemburgo, na oportunidade em que treinou o Real Madrid, com status de melhor técnico do Brasil.

Nesse sentido, é importante dizer, desde já, que o desafio de Luxemburgo não passou de um sonho, uma vez que jamais conseguiu fazer valer sua filosofia de trabalho, sendo demitido sem conquistar um título sequer e, o que é pior, sem conquistar também o apoio dos adeptos madrilenhos que, nos últimos jogos, criticavam fortemente as suas decisões técnicas, conforme registrava a imprensa naquela época.

Na mesma direção, Luís Felipe Scolari sambou após sete meses no comando do Chelsea. Roman Abramovich, que é de origem russa e não tem problema de grana, não se permitiu assistir à queda de seu time na tabela de classificação da Liga Inglesa.

Ora, se essa atitude fosse tomada pelos dirigentes do futebol brasileiro, certamente seriam acusados de falta de planejamento. Acredito, no entanto, que o idioma tenha sido o maior obstáculo na carreira de nossos treinadores, pois, independentemente das qualidades táticas e técnicas, os europeus têm demonstrado que quem faz a diferença no futebol brasileiro são os jogadores, os quais são tidos como os melhores do mundo. Já, os técnicos têm visto suas histórias ignoradas e seus trabalhos, muitas vezes, preteridos.

Nacional surpreende na Arena

O jogo entre Atlético e Nacional ficou registrado na história da Arena da Baixada como uma boa demanda.

O time de Rolândia, que até essa partida tinha uma vitória, um empate e quatro derrotas, entrou no Joaquim Américo com o propósito do empate, pois o técnico Gilberto Pereira tinha consciência de que o Rubro-Negro, em função das campanhas realizadas pelas duas equipes, era franco favorito. E foi com esse espírito que a torcida do Furacão compareceu ao estádio Joaquim Américo, levando seu incentivo.

O Atlético, por sua vez, fez dois gols logo de cara e parecia que levaria de barbada. A história do jogo, porém, contrariou essa possibilidade.

Na outra mão, o Nacional não permitiu o avanço dos alas atleticanos, mostrando uma boa marcação do trio de zagueiros e dos volantes que protegiam muito bem a entrada de sua área, para valer-se dos contra-ataques. E, agindo assim, não se intimidou e chegou ao empate ainda no primeiro tempo.

Agora, para quem não assistiu ao jogo e torce pelo Atlético pode até entender que o seu time nada jogou. Engana-se quem assim pensa. Além disso, não se pode subestimar o desempenho do time do interior, que foi guerreiro e lutou para atingir seu objetivo.

E questão é uma só e não cabe polêmica: o Atlético ficou devendo na qualidade técnica e, por conta disso, perdeu a tranquilidade necessária nesses momentos delicados, o que prejudicou as conclusões das jogadas. Disso também a torcida não gostou. Nem o técnico Geninho. É isso.

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