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Na década de 60, dizia-se que a melhor defesa era o ataque. Recordo-me de que o time do Santos, com o saudoso técnico Lula, era escalado ofensivamente com Durval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, vencendo por placares elásticos. E ainda que fosse derrotada, a equipe santista marcava gols.

Hoje, o São Paulo, que venceu o primeiro turno do Brasileirão, está sendo questionado por ter marcado menos gol do que a equipe do Náutico, que está entre os quatro piores da competição. Nos anos 2000, prioriza-se a marcação e o importante é a regularidade.

Essa é a diferença do Tricolor do Morumbi, que tem um grupo de jogadores que se equivalem. Na ala esquerda, por exemplo, o técnico, Muricy Ramalho, pode optar por Jorge Wagner ou Júnior. No ataque, Dagoberto, Aloísio, Borges e Diego Tardeli. O ideal seria assistir a um futebol-espetáculo com muitos gols.

A vitória, contudo, que nos anos 60 já era importante, hoje, possui um valor agregado ainda maior.

Vitória para evitar queda

Ao aceitar o convite para treinar o Paraná, o técnico Gílson Kleina sabia que seria muito cobrado. Afinal, na sua primeira passagem pelo Tricolor, a equipe não foi bem. Em seu retorno, na partida de estréia, venceu ao Palmeiras, porém, os outros resultados não foram satisfatórios e, nesse último jogo, contra o Vasco, as pressões aumentaram e a torcida pediu sua saída.

Kleina não perde em nada para Zetti e Pintado: possui conhecimentos técnico, tático e disciplinar. Mesmo assim, caso perca para o Grêmio amanhã, terá que enfrentar pressões ainda maiores, pois a equipe paranista pode despencar na tabela.

Que a justiça os reeduque!

Passou da hora de acabar com essas atitudes racistas no futebol. Outra vez, um atleta negro, no exercício de sua profissão, foi ofendido. Júlio César, jogador do Juventude, foi xingado de macaco e registrou queixa, no 1.º Distrito Policial da cidade de Caxias Sul, contra sua própria torcida. Agora, o clube corre risco de pagar multa de R$10 mil a R$ 200 mil e perder mandos de jogos.

Esse tipo de manifestação preconceituosa já aconteceu com Tinga, que na ocasião jogava no Internacional. Júlio César fez o que era preciso. Nem todos têm a consciência da unanimidade da etnia humana. Sendo a assim, a justiça terá que reeducá-los. Espero que o jogador não sofra retaliações por exercer seu direito cívico.

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