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Das quatro vitórias que o Coritiba conquistou, sem dúvida, a última contra o Cianorte foi a mais difícil.

O técnico Ney Franco dessa vez optou pelo sistema tático 3–5–2, promovendo a estreia do zagueiro Lucas Mendes, que atuou com firmeza e desenvoltura.

A partir dessa estratégia de jogo, o meia Enrico atuou pela ala esquerda, sendo o melhor da partida, inclusive, fazendo o primeiro gol entre outras jogadas.

Nem tudo, no entanto, correu às mil maravilhas. O Coxa teve problemas de marcação no meio de campo, pois os volantes Marcos Paulo e Leandro Donizete permitiram espaços para os meias do Leão do Vale, Leandro e Flavinho. Estes, valendo-se das oportunidades, lançavam os atacantes Edu Gaúcho e Joiner.

Seja qual for a dificuldade, o Coritiba poderia ter fechado a etapa inicial com outros gols, por meio do atacante Ariel, que desperdiçou boas chances para ampliar o placar. Tanto é verdade que ele chegou a sofrer uma penalidade máxima, que não foi assinalada pelo árbitro, Nilo Neves de Souza Júnior.

Para a fase complementar, Rodrigo Heffner não voltou. Ficou no vestiário. Na posição dele, entrou Fabinho trazendo mais poder ofensivo ao Verdão, demonstrando, mais uma vez, suas qualidades técnicas, principalmente, nos cruzamentos.

É instrutivo observar que os problemas, no meio de campo, onde se define normalmente a demanda, na chamada zona da inteligência, continuaram para o Coritiba que nem com as modificações operadas pelo técnico coxa, as dificuldades desse setor foram sanadas.

Vale dizer que a entrada do atacante Geraldo (um dos estreantes da noite), em substituição ao zagueiro Pereira, inicialmente, foi válida, pois, além de anular as descidas do ala direito, Catatau, ainda cruzou a bola para o segundo gol.

Depois as coisas se complicaram. Com a saída do Rafinha (por estar com dois cartões, segundo afirmação do treinador) entrando Ramon, o Coxa passou a ser pressionado, pois o volante Marcos Paulo assumiu a posição de zagueiro; e Ramon, de volante.

Ora, devido a esse posicionamento, permitiu-se maior posse de bola ao Cianorte, que diminuiu o placar e esteve próximo do empate.

Tudo isso serviu para evidenciar que a equipe do Alto da Glória, mesmo ostentando a liderança do campeonato, precisa melhorar a marcação, principalmente, na entrada da grande área. E Ney Franco sabe disso. Estou falando antes. Falar depois é contar o que aconteceu. É isso.

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