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O Coritiba contra o Avaí entrou em campo classificado, pois necessitava somente do empate, sem abertura no placar.

Mesmo com essa vantagem, o técnico Ney Franco valeu-se da estratégia de que a melhor defesa é o ataque, considerando o posicionamento do time catarinense que iniciou a partida no esquema tático 3–5–2, sem conseguir conter as investidas do Alviverde que, além da boa marcação, mantinha bom toque de bola no meio de campo com os volantes Andrade e Leandro Do­­nizete. Este, com mais liberdade, aparecia como meia de ligação, facilitando assim a tarefa do Rafinha que pôde atuar mais ofensivamente, aproximando-se dos atacantes, Marcos Aurélio e Ariel.

Com essa postura, o Coritiba pressionou a equipe da Ressacada, sendo, no entanto, incapaz de colocar a bola na rede. Além do mais, pelo o que a equipe visitante não produzira na fase inicial, tudo levava a crer que, no mínimo, o time do Alto da Glória se classificaria – o que não aconteceu.

Por outro lado, o técnico do Avaí, Péricles Chamusca, agiu com convicção ao substituir o zagueiro Émerson Nunes pelo atacante Leonardo. Com essa mudança, passou a jogar no 4–3–3, surpreendendo o time da casa, que não teve a mesma dinâmica do primeiro tempo, ficando na dúvida entre buscar a vitória ou segurar o empate.

Ora, se o empate sem gols era o suficiente para o triunfo, não entendi porque o técnico Ney Franco não fortaleceu a marcação, principalmente, na defesa, que jogava com dois zagueiros, contra três atacantes catarinenses. E mesmo com a estratégia de Triguinho, lateral-esquerdo, posicionar-se como zagueiro, isso não foi o suficiente para bloquear as ações do time da Ilha, que tirou o zero do placar.

A partir do gol, Ney Franco, no desespero, trocou Fabinho Capixaba e Andrade por Ro­­drigo Heffner e Tiago Real. Heffner, ao contrário de Fabi­­nho, fez alguns cruzamentos que não deram conta de inverter o marcador.

O empate, todavia, esteve nos pés do Marcos Aurélio que não teve a habilidade necessária para converter o pênalti cometido no centroavante Bill. Esse, aliás, foi o terceiro pênalti desperdiçado em três jogos consecutivos.

Agora, essa desclassificação prematura deixa o Coritiba em uma sinuca de bico, com a obrigação de levantar o caneco no Campeonato Paranaense, para que seus torcedores (que andam meio ressabiados) acreditem que a derrota para o Avaí tenha sido um acidente de percurso. E que no Brasileiro da Série B vai ser diferente. Será? É isso.

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