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Se Paulo César Baier fará seu 100.º gol amanhã, não sei. Sei apenas que compartilhar com a massa rubro-negra é o desejo maior do ídolo. Se não for amanhã, será num dos próximos jogos. Será um gol histórico na carreira do jogador e por extensão ao Atlético.

Penso que foi um equívoco da diretoria rebater o desabafo de Paulo Baier da forma como fez. "Parece loucura, mas o que ele [Baier] ganhou pelo Atlético?", espinafrou Petraglia. E emendou: "Teve [apenas] a felicidade de nos ajudar a ganhar o Atletiba". Ou seja, no fracasso não existe o coletivo, o vilão é ele. Na vitória do clássico, foi apenas um a mais, com a "felicidade de ajudar".

O fato de renovar ou não é outra história. Pode ser repensada pelo clube. Baier é um líder positivo, humano e agregador. Basta saber o que ele fez por Manoel nos momentos mais difíceis do ótimo zagueiro, que pensava em largar tudo. O "maestro" atravessa uma boa fase técnica e física. Como disse Zé Roberto (Grêmio) depois do jogo contra o Atlético: "Com o teu fôlego dá pra correr mais três anos...". Talvez não tanto, mas serve para refletir sobre o tema idade.

Dias atrás escrevi nesta mesma coluna que o Atlético é um exemplo de organização. E é. Não acredito, como li pela internet, que a diatribe do presidente contra Baier tenha sido disparada porque não foi ele quem o contratou. Ou que o brilho do atleta em campo esteja ofuscando o seu gabinete. Nada a ver. Não faz sentido para uma pessoa inteligente e materialmente bem-sucedida como Petraglia, se preocupar com isso. E que sabe o valor técnico e moral que o craque representa.

O que houve foi uma precipitação. Um grande equívoco. O Atlético vive o seu melhor momento no campo. Não pode perder o foco. O "maestro" é figurinha carimbada da torcida. Adora o clube e a cidade. Tudo o que o ídolo deseja é completar um ciclo – 20 anos de carreira e 40 de idade – no estádio que será palco de Copa do Mundo, a Arena da Baixada. O Atlético precisa de Baier na mesma proporção com que Baier precisa do Atlético. É hora de reconciliação. E toda vez que pessoas se reconciliam, "armas são depostas, faces se desmascaram, os sinos tocam, os anjos sorriem e o céu se ilumina novamente".

Santa felicidade!

Foi saboroso rever velhos amigos do mundo da bola, segunda-feira passada, no Cascatinha. Com Afinho (desembargador Adolfo Kruger Pereira), relembramos os três gols que ele fez no memorável 4 a 3 do Ferroviário contra o Fluminense. Ficou na retina. Reencontrei o também desembargador Antonio Loyola, amigo precioso e de invejável currículo no esporte. Faiçal, José Domingos, Ferraz, Cláudio Marques, Lia Comandulli, enfim, muita gente especial. Quero render meu tributo ao Hidalgo. Ontem, líder dos gramados; Hoje, capitão dos encontros mensais. É o resgate de um passado histórico. Vale à pena ir de novo.

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