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Exagero? Seguramente não. Curitiba ficou com o lixo hospitalar da Copa de 2014. Serão quatro jogos para um investimento que beira um bi. Independentemente do sorteio, já se sabe a qualidade do material. Comparando ao Brasileirão, devem jogar na Baixada três ranqueados na categoria D (espécie de Mirassol, Tupi e Oeste), dois padrão C(digamos, Luverdense e Ipatinga), dois da prateleira B (vá lá, Boa e Duque de Caxias) e apenas um do nível A, (podendo ser um São Paulo ou um América-MG).

A mim não surpreende, absolutamente. Alguns ufanistas é que embarcaram no delírio de promessas para agradar. A decisão da Fifa clareia o abismo de distância que existe entre o potencial que somos e a força que pensamos ter. Pior, estamos perdendo mais espaço do que tínhamos.

Na Copa de 1950, por exemplo, apenas 6 capitais sediaram os 22 jogos e Curitiba recebeu quatro seleções – Suécia, Paraguai, EUA e Espanha. O Durival de Britto era o terceiro maior do país e entrou para a história das grandes praças esportivas do mundo. Claro que os tempos eram outros, mas na proporção de hoje, nossa sede teria a envergadura de Belo Horizonte e o estádio o porte do Mineirão. Ou seja, abaixo apenas de Rio e São Paulo. E lá se vão 60 anos.

A bola da vez

Os canalhas encontram brecha em todo o segmento que é (ou deveria ser) sério. Na política, na religião, no esporte, e tantos mais. A bola da vez são as ONGs. O chamado terceiro setor está sendo invadido pela malandragem que abusa do poder, do suborno e da extorsão. A explosão de irregularidades nas ONGs do esporte borbulhou somente agora. O que é lamentável.

Nós, brasileiros, não somos nem mais nem menos corruptos do que outros povos, inclusive do chamado Primeiro Mundo.

Remunera-se quem trabalha e ganha, mas não se consegue remunerar quem impede o outro de ganhar roubando. As nações com o menor índice de corrupção são as que têm o maior número de auditores e fiscais. Nos países de fato auditados, a corrupção é detectada quando ainda é pequena. O nosso problema é que os auditores (que são poucos) em alguns casos também precisam ser auditados. Agora ONGs esportivas que desviaram merenda destinada a crianças é demais.

Bandeira branca

Atleticanos, ouçam uma das mais lindas músicas carnavalescas de Zé Quéti. Chama-se Bandeira Branca. "Pela saudade que me invade eu quero paz...", diz um trecho. O racha, escancarado de Petraglia com Malucelli, prejudica a instituição. O conflito entre Fanáticos e Ultras, enfraquece o grito. Guerrilha, amigos, é coisa do passado. Até o ETA – o grupo armado basco – jogou a tolha para o bem da Espanha. Que fazes então neste momento delicado do clube? Que queres? Que pensas?

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