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Ricardo Drubscky foi demitido do Atlético com o time somando seis pontos em seis partidas, mergulhado na "vice-liderança" dos últimos colocados do Brasileiro. Entretanto, a performance pífia do Furacão até o momento é responsabilidade, apenas em parte, do trabalho do polaco gente fina à frente do time.

Nesta largada do Nacional, o Rubro-Negro se notabilizou por atuar com os zagueiros próximos do círculo central. Alguns chamavam isso de "compactação", "diminuição dos espaços", "ocupação do meio de campo". É uma visão, existem outras.

Na condição de pior defesa do certame, com 13 gols sofridos, a formação atleticana entrou para a história como nada além da chamada "linha burra", sistema igualmente consagrado pelo Taiti na Copa das Confederações. E este foi, certamente, o grande vacilo de Drubscky.

A maior parte da culpa, no entanto, é claramente de Mario Celso Petraglia, presidente do clube. Embora já tenha declarado não entender nada de futebol, o dirigente não consegue se afastar do setor e dedicar-se ao que afirma entender, as "obras".

Tudo o que foi feito na bola até agora detém o signo do presidente. A começar pela contratação, e manutenção, do próprio Drubscky. Mais uma das inúmeras apostas do presidente, Drubscky é um profissional inexperiente que, antes de pintar na Baixada, chegou a anunciar disponibilidade pelo Twitter.

Os erros do dirigente vão bem além. De acordo com o site Furacão.com, desde que o mandatário voltou ao clube, no início de 2012, 66 jogadores foram contratados. A maioria, jamais (pelo menos até o momento) esteve perto de frequentar o 11 principal do Furacão.

De quebra, neste ano Petraglia inventou a pré-temporada mais longa que se tem registro no futebol desde o dia em que um índio chutou um coco verde e inventou o esporte no Brasil. Quase cinco meses de duração e só três compromissos oficiais antes do Brasileiro. Sempre com a anuência do outrora matreiro Antônio Lopes.

Preparação que já ingressou no anedotário das arquibancadas, diante da posição da equipe na classificação. Nem poderia ser diferente, pois tudo não passou de um embuste, sem qualquer pretensão técnica. Mesmo os funcionários do clube – Drubscky entre eles – nunca esconderam a insatisfação com os "cem anos de solidão" do CT do Caju.

Resta aguardar e ver se, diante de tantos equívocos, Petraglia contratará um técnico acima de qualquer suspeita e reforçará o elenco. Ou deixará o destino do Atlético, como ele sempre gosta de citar, nos pés do Sobrenatural de Almeida.

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