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A histórica goleada por 6 a 0 dá ao Palmeiras x Cori­­ti­­ba de amanhã certo ar de experimento futebolístico e antropológico. Partindo do princípio de que o placar é irreversível, resta usar os 90 minutos para avaliar opções, mostrar virtudes escondidas e verificar o comportamento dos jogadores diante de o quase impossível ser o único ponto de virada.

O Coritiba terá uma grande chan­­ce de mostrar que tem elenco forte, capaz de sair-se igualmente bem no extenso Bra­­sileiro. Essa demonstração foi parcialmente feita na semana passada, quando Lucas Mendes e An­­der­­son Aquino substituíram Elti­­nho e Marcos Aurélio. Cleiton no lugar de Pereira é eficiência com­­provada. A dúvida está nas outras alterações.

Rafinha é a melhor opção de velocidade do Coritiba. Geraldo, seu substituto, ainda não mostrou regularidade suficiente para que se possa afirmar com segurança que ele consegue manter o mesmo nível do titular durante 90 minutos. Até aqui, os grandes momentos de Geraldo foram entrando durante o segundo tempo, para aniquilar um adversário já atordoado. Agora, terá um jogo inteiro para mostrar serviço diante de uma equipe disposta unicamente a lavar sua honra com vitória.

Desafio maior será repor a ausência de Léo Gago. É ele quem dá o ritmo de jogo do Coritiba Willian não tem essa característica. Leandro Donizete se aproxima um pouco mais. Não será a mesma coisa, mas pode chegar perto.

Somando os titulares habituais aos cinco reservas em campo amanhã, temos 16. Considerando ainda que Vanderlei e Leonardo não devem nada a Edson Bastos e Bill, são 18 jogadores em plena condição de jogar pelo Coritiba sem prejuízos graves ao nível da equipe. Diante de tal homogeneidade, não surpreende que a maior vitória deste time tenha sido construída com gols de seis jogadores diferentes.

Camisa 1

Márcio é o novo goleiro do Atlético. Seu grande momento foi em 2004, vice-campeão paulista pelo Paulis­­ta. Faz sete anos e não houve nenhum outro clube em que Már­cio foi regularmente confiável. É goleiro de saltos espetaculares para pegar bolas que vão na sua direção e de falhas de fazer o torcedor coçar a cabeça. Enquan­­to isso, Neto vê o Campeo­­nato Italia­­no chegar ao fim sem ter sentido uma única vez o gostinho de entrar em campo.

A transação foi claramente vantajosa do ponto de vista financeiro. Garantiu o superávit nas contas rubro-negras e na experiência de vida do jogador. Mas o déficit de quem abre mão do grande mo­­mento de sua carreira e de quem emplacará o quarto goleiro antes do meio da temporada, esse é impossível de calcular e difícil de ser revertido.

Boas-novas

Ivan e Cambará foram duas ex­­ceções em um campeonato do­­minado por jogadores do Cori­­tiba. Dois bons reforços para o Paraná na Série B. Enfim, al­­guém riscou um fósforo no fim do túnel paranista.

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