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O Coritiba fez um dos seus melhores jogos como visitante sob o comando de Marcelo Oliveira. Mesmo com três volantes, avançou a marcação e manteve o São Paulo longe da sua área. Conseguia fazer a bola chegar com facilidade da defesa ao ataque. Quase tão bom quanto no 3 a 2 sobre o Santos, ano passado, na Vila Belmiro.

Dois fatores pesaram para que essa grande atuação não fosse revertida em vitória. O primeiro foi a inoperância ofensiva. Ou o Coxa chutava a 30 metros do gol ou tentava entrar com ela na meta são-paulina. Nesse ritmo, mesmo com tanto volume, o Coritiba teve apenas uma chance clara de marcar, a bola na trave de Éverton Ribeiro. Do São Paulo foram quatro – três de Luís Fabiano e o gol de Lucas.

O outro foi o recuo a partir da expulsão de Paulo Miranda. Uma recaída. O Coritiba agarrou-se ao 0 a 0 como costuma fazer no início de seus jogos como visitante. As substituições só contribuíram para agravar este quadro. Tcheco não conseguiu fazer a transição no meio-campo, Anderson Aquino foi menos perigoso que Roberto e Lincoln... bem, Lincoln nem pareceu ter entrado. Lucas, na individualidade, completou o serviço. Ele que deu a Lucas Mendes tanto trabalho quanto Éder Luís em 2011.

O placar é reversível, mas não fazer gol fora pode pesar exatamente como pesou na decisão do ano passado. E ainda há a frustração de dominar um jogo e não vencer a ser administrada.

#freemorro

As entrevistas de Omar Garate, ao André Pugliesi aqui na Gazeta, e Sandro Orlandelli, na 98 Fm, verbalizaram aquilo que todos suspeitavam. Morro García não joga no Atlético por determinação de Mário Celso Petraglia. O assunto merece ser analisado por partes.

1) Pagar US$ 6,2 milhões por um jogador de 20 anos é um mau negócio. O risco de o investimento não ter o retorno correspondente é enorme. Ao desembolsar essa quantia, o Atlético assumiu tal risco. Errou; 2) Morro García não fez nenhuma partida inteira sequer pelo Rubro-Negro. Houve menos tolerância dele do que com Nieto, Bruno Mineiro e Javier Toledo, só para citar alguns centroavantes que estão ou estiveram no clube recentemente. Parece óbvio que, quanto menos tempo estiver em campo, menor será a chance de o uruguaio dar certo no Atlético; 3) Ao proibir Morro de jogar, Petraglia desvaloriza um jogador do Atlético. Se quer se livrar de Morro, que ao menos seja levando um bom dinheiro para o cofre rubro-negro. Não será treinando no CT do Caju que o uruguaio chamará a atenção de outro clube. E não adianta se iludir com devolução ao Nacional. Enquanto não aparecer um argumento concreto e convincente, essa promessa não passará de bravata. Algo como se eleger governador dizendo que o pedágio baixa ou acaba.

Contratar Morro García a US$ 6,4 milhões foi o maior erro da gestão Malucelli. Mas Petraglia se esforça para transformar em um erro também da sua gestão.

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