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O torcedor do Atlético comemorou a renovação de Paulo Baier, mas também deve ficar feliz por Manoel. Como relatou Fernando Rudnick na Esportiva de ontem, Neco Cirne e Petraglia sentaram para conversar sobre a situação do zagueiro e acabaram a reunião assinando um novo vínculo para o Maestro.

A temporada de Manoel é espetacular. Mais maduro e com a velocidade de sempre, é o melhor zagueiro em atividade no país. Natural que os olhos de dirigentes brasileiros e, especialmente, do exterior brilhem diante da possibilidade de contratar Manél (copyright © Antônio Lopes). E não precisa fazer grandes elucubrações para prever que, sem um contrato novo para Baier, seria difícil segurar Manoel.

Em um mundo ideal isso não deveria acontecer. Cada negociação deveria seguir seu curso independente. Mas na bola o poder de barganha pesa muito. O Atlético perderia mais com uma saída de Manoel no fim do ano – e uma possível desconcentração do zagueiro até lá – do que voltando atrás no caso Baier.

Petraglia é um negociador duro e de bons resultados. Mas também sabe a hora de recuar, mesmo que isso não seja do seu feitio. A reação da torcida certamente pesou, mas colocar a renovação toda na conta da arquibancada é jogar pra galera. O atleticano deve comemorar, sim. Não porque fez sozinha o contrato de Baier ser renovado. Mas porque contribuiu para segurar dois ídolos do clube.

Sorteio

Tenho visto muita gente boa reclamar da definição dos cabeças de chave da Copa. Suíça, Colômbia e Bélgica estão dentro; Inglaterra, França, Itália e, talvez, Holanda estão fora. Sou, por princípio, favorável a qualquer quebra de establishment. Hay gobierno? Soy contra.

Conceitos de vida à parte, a Fifa tem um ranking mensal. Natural que sirva de balizamento para o evento mais importante que organiza. Um ranking que leva em conta, de forma escalonada, os resultados dos quatro últimos anos, período entre uma Copa e outra. É um retrato de quem está melhor no ciclo daquele Mundial. Se Suíça, Colômbia e Bélgica foram melhores no período, que sejam premiadas com a cabeça de uma chave.

Outra preocupação é a criação em série de grupos da morte, que enriqueceriam a primeira fase, mas deixariam o mata-mata tosco. A Fifa tem mais três potes para distribuir as seleções. É possível fazer um arranjo para deixar o risco de grupos da morte no mesmo nível de edições anteriores.

É possível direcionar as coisas para que tenhamos um grupo da morte, como é praxe. E que pode nem ser tão mortal assim. Em 2006, havia uma chave com Argentina, Holanda, Costa do Marfim e Sérvia & Montenegro. Um grupo que o Olé definiu como mais feio que encontrar Drogba à noite, em um beco escuro. Com o bônus de reservar Argentina x Holanda para a última rodada. Os finalistas da Copa de 78 venceram seus dois primeiros jogos e chegaram ao confronto direto classificados, com times mistos, para um insuportável 0 a 0. Se alguém morreu, foi de tédio.

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