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"Fique atento ao Marquinhos Santos. Quando o Marcelo Oliveira sair, ele é um nome forte para assumir o Coritiba." O aviso foi dado há alguns dias, por uma pessoa que acompanha de perto o que acontece no Alto da Glória. Não se falava em troca de treinador, o Coxa vinha de vitória. Troca de técnico era assunto para a virada do ano, quando Marquinhos poderia ter um Paranaense inteiro pela frente para arriscar, errar e aprender.

As últimas atuações anteciparam a saída do treinador. Nem Vilson Ribeiro de Andrade, que em algumas ocasiões bancou Marcelo Oliveira sozinho, resistiu à inevitável constatação de que, por melhor que tenha sido o trabalho, o prazo de validade do técnico expirou. E o presidente, que sempre confiou no futuro de Marquinhos, antecipou a aposta no treinador.

À primeira vista, contratar Marquinhos Santos agora é um risco para ele e para o clube. Com 33 anos e apenas trabalhos em categorias de base, Marquinhos aprenderá na prática a lidar com um elenco profissional. E com um elenco profissional envolvido em uma luta contra o rebaixamento, apenas três anos depois da queda mais traumática da história do clube.

Marquinhos é uma aposta certa, mas talvez no momento errado. Ainda assim, uma aposta compreensível. Marquinhos e o auxiliar técnico Tcheco têm características capazes de trazer a torcida para perto do time em um momento delicado.

Um dos pedidos mais frequen­tes da arquibancada foi pelo uso de garotos da base. Mar­­quinhos trabalhou lá. Treinou Thiago Primão, Luccas Claro, Alex Santos, Rafael Silva e outros. Foi campeão com eles. A conclusão de que os meninos terão mais chance, e de que essa chance não irá durar apenas 45 minutos, é automática.

Tcheco é um ídolo recente do Coritiba, conhecido pela vibração e pela dedicação. Com Tcheco no banco, o torcedor tem a certeza de que o time será cobrado a jogar na maior intensidade possível do primeiro ao último minuto. Para um time que tem se notabilizado por levar gols nos primeiros e nos últimos minutos, ter alguém que mantenha o elenco ligado na tomada é fundamental.

Claro, nem tudo se resume a motivação e apostas da base. Mesmo na base, onde os times são mais vulneráveis, Marquinhos conseguia formar equipes fortes defensivamente, seja no Atlético ou no Coritiba. Tcheco sabe como um volante deve se equilibrar entre marcação e criação. São dois problemas do Coxa atual. Resolvê-los logo será fundamental para evitar o rebaixamento. Ao menos de início, apoio da torcida para isso não deve faltar.

O próximo

Não chegou a ser pela metade, mas a saída de Marcelo Oliveira dividiu a torcida coritibana. Muitos defendiam a continuidade do treinador ou, no mínimo, isentavam-no da maior parcela de culpa. Unanimidade (no mau sentido) é Felipe Ximenes. O superintendente de futebol é apontado como o principal culpado pela piora do elenco do ano passado para este.

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