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A bola nem rolou para o Atletiba, mas já é possível apontar um vencedor. O simples fato de chegar ao clássico com um time sub-23 em condição de vencer o turno antecipadamente e, por consequência, decidir o campeonato contra o Coritiba, é uma vitória extracampo do Atlético.

Petraglia sempre defendeu que para o clube ir bem no Paranaense, qualquer coisa servia. Provou com mais do que isso, um time de bons garotos, embora dirigido por um técnico confuso. A campanha rubro-negra apenas reforça a realidade de que os estaduais se agarram a um fio cada vez mais tênue de rivalidade. Algo que, por mais que a conveniência leve alguns a tentar negar, é defendido há tempos por boa parte da imprensa.

Por mais que a vitória política seja o que mais interesse ao dirigente, é preciso observar outros aspectos antes de fazer um balanço final da experiência do sub-23. O primeiro é a maneira como esses garotos serão absorvidos pelo elenco principal – sem dúvida, o menor dos problemas, diante da capacidade de Drubscky em trabalhar com jovens. O segundo e principal, o quão bom será a pré-temporada extendida para o time titular.

Os dois primeiros jogos da Copa do Brasil foram típicos de começo de temporada. Ainda é cedo demais para medir benefício e prejuízo. Mas depender ainda de Paulo Baier para vencer jogos indica o óbvio de um elenco pouco mexido na essência. Mesmo quando estiver no nível físico e técnico adequado, o Atlético continuará um time que depende de entrosamento, força física e lampejos de Paulo Baier.

Solução tricolor

A informação de que Alex Brasil será o diretor de operações da Atletas Brasileiros S/A, trazida ontem pela Gazeta do Povo, indica uma luz para Toninho Cecílio no Paraná. A relação dele como treinador com a diretoria está claramente desgastado. Um casamento que chegou ao fim, mas nenhum dos dois lados tem coragem de pedir o divórcio.

Toninho tem soltado indiretas – e algumas bem diretas – nas entrevistas, deixando claro que os reforços trazidos para o Estadual foram selecionados e contratados unicamente pela diretoria – leia-se Alex Brasil. A promoção em massa de garotos da base não deixa de ser um grito silencioso (se isso for possível) de "com esse elenco que vocês montaram, não dá".

Brasil tem experiência em captação de jogadores. Este será seu trabalho na Atletas Brasileiros S/A. Não dá para acreditar que conseguirá fazer isso e gerenciar o futebol paranista ao mesmo tempo com qualidade. O Paraná precisará de outro gerente de futebol. Toninho Cecílio tem experiência na função e capacidade para exercê-la. Por mais que seu desejo hoje seja treinar times, reconhecer que sua vocação está em um cargo gerencial será bom para ele e para o Paraná.

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