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Coritiba e Paraná chegam ao jogo do próximo sábado, no Couto Pereira, em meio ao seu melhor momento em 2010.

O Coxa atingiu um estágio em que vence quando faz o mínimo e goleia quando faz força. Ontem foi o segundo caso. Quis massacrar o Vila Nova. Marcou logo no início, tomou o empate, não se abalou e construiu uma vitória que seria mais folgada se Tcheco convertesse o pênalti no segundo tempo – embora mais apertada se no primeiro gol fosse dado o impedimento de Leonardo. A arbitragem "compensou" ao dar um pênalti inexistente para o Vila, lance em que zagueiro e atacante se agarraram com a mesma intensidade.

O Tricolor nem quando chegou à liderança venceu três em série. No Recife, o time repetiu a sua marca mais clara sob o comando de Roberto Cavalo – incluindo a passagem anterior: a velocidade mortal com que joga como visitante. Outro mérito do treinador foi fazer, enfim, Pimpão estrear. Hoje ele é o melhor atacante paranista.

Para sábado, o Coritiba, pela lógica, é favorito, pois joga em seu estádio, é melhor na tabela e na bola. Mas esse Paraná tem plena condição de mandar a lógica para o inferno.

Olho no G3

Como o Atlético não conseguia alcançar a Libertadores, a Libertadores deu um passo para trás e alcançou o Atlético. Devolver a vaga ao quarto colocado no Brasileiro era o mínimo que se esperava de Conmebol. Muito melhor correr o "risco" de fazer um torneio com seis clubes do Brasil do que o risco de ter quatro representantes da Bolívia na competição.

Como qualquer canetada desastrada de cartola, esta da Conmebol deixou um rastilho de pólvora. A entidade determina que o campeão da Sul-Americana ocupe uma das vagas destinadas ao seu país, o que pode fazer o G4 voltar a ser G3. Por outro lado, o regulamento do Brasileiro é bem claro ao dizer que os quatro primeiros colocados jogam a Libertadores do ano que vem.

A Conmebol já livrou o corpo, disse que o Brasil tem a vaga do Internacional e mais cinco. Jogou para a CBF a missão de distribuí-las. A CBF não se manifestou, talvez esteja torcendo quietinha para que nenhum brasileiro vença a Sul-Americana e assim seus dirigentes não tenham de resolver um problemão desses logo em dezembro.

O fato é: na teoria, há uma brecha jurídica para brigar pelo G3. Na prática, não dá para se animar. O Atlético já sentiu na pele a fragilidade política do estado, ao ser obrigado a jogar fora da Arena uma final de Libertadores. E a CBF dificilmente brigaria por um clube que ocupa a vice-presidência no Clube dos 13 de Fabio Koff.

Por via das dúvidas, melhor ignorar a mudança e manter a perseguição ao G3. Pelo menos enquanto houver brasileiro vivo na Sul-Americana.

Tostão está de férias até o dia 31/10. Leonardo Mendes Júnior é jornalista, editor da revista ESPN e do blog bolanocorpo.com.

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