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Segunda-feira não será a primeira vez que Julião da Ca­­vei­­ra será chamado ao Con­­selho de Ética da Câmara por causa da sua atuação como torcedor. Ano passado, quando o vereador participou de uma briga entre integrantes da Fanáticos e da Ul­­tras, enviei e-mail aos integrantes do Conselho cobrando, como cidadão curitibano, uma atitude contra o parlamentar, que claramente infringiu o Código de Ética de Casa.

Após algumas semanas de si­­lêncio, enfim recebi resposta di­­zendo que Julião seria convocado a dar explicações. E foi. Por pouco não saiu do Conselho com tapinhas nas costas e pedidos de desculpa dos companheiros de vereança.

Por isso, é prudente esperar pa­­ra ver como o Conselho se comportará neste caso. Convocar o vereador que incitou uma caçada noturna a jogadores do Atlético é correto, mas não pode simplesmente virar resposta automática para encantar ouvido de jornalista e, logo ali na esquina, dar em nada.

O item II, artigo 5.º, Capítulo IV do Re­­gimento Interno da Câmara, que trata "Dos atos contrários à ética e ao decoro parlamentar", é mais do que cabível para enquadrar o vereador: "a prática de irregularidades graves ou de comportamento vexatório ou indigno ca­­paz de comprometer a dignidade do Poder Legislativo, no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes."

Junte-se isso a entrevista de Ju­­lião à CBN e o Legislativo municipal tem ótima chance de dar um bom exemplo de intolerân­­cia com a violência.

Os órgãos de segurança também devem ficar atentos. As declarações do vereador não devem ser encaradas como mero desabafo de torcedor. Julião foi presidente de torcida por anos e exerce forte in­­fluência sobre um grupo numeroso – não fosse assim, não teria sido eleito. Um grupo que ele diz representar quando fala em jogadores no hospital ou em casa tomando so­­pa de canudinho. As autoridades não podem ficar caladas.

A rodada

Começa hoje, com Paraná x Icasa. Estou curioso para ver o comportamento do time em casa. O sistema de três volantes funcionou perfeitamente como visitante. Na Vila, é preciso atacar. Liberar um dos volantes – Serginho se não estives­­se suspenso – para armar e dar es­­paço aos laterais pode ser uma forma de mudar o sistema de jogo sem mexer nos jogadores.

Segue amanhã, primeiro com Atlético x Bahia. A pressão sobre o Furacão será enorme e o Bahia jo­­gou bem no Rio, contra o Flu­­mi­­nense. Jóbson chega da Suí­­ça direto para o jogo e o torcedor rubro-negro não pode ter a ilusão de que enfrentará o mesmo time massacrado por 5 a 0 na Copa do Brasil.

E termina já no sábado à noite, com Cruzeiro x Coritiba. Pela primeira vez desde o Atletiba que de­­cidiu o Estadual Marcelo Oliveira terá todo o elenco à disposição. Emerson e Pereira garantirão segurança à zaga, a volta de Marcos Aurélio é obrigatória e o retorno de Donizete pode ser a "desculpa" para dar um banco a Léo Gago.

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