• Carregando...

Bonamigo mexe em quatro posições para tentar vencer o Santo André hoje à noite, no Couto Pereira. Carlão, Rodrigo Mancha, Caio e Jefferson são os "corajosos" eleitos pelo treinador para dar um novo perfil ao time.

Os dois primeiros, garotos, jogaram bem quando foram escalados. Levam acima de tudo a esperança de se tornarem novos Henriques, um legítimo representante da torcida dentro de campo, especialmente pela garra a cada jogada, característica de quem quer se livrar o quanto antes da Segundona.

Mas e Caio e Jefferson? De Caio se pode esperar muita correria, vibração e eventualmente algum gol. Foi assim que ele se tornou o principal jogador do Coxa em 2005. A utilidade prática da sua boa vontade, entretanto, foi nula. Vide o resultado final da campanha alviverde.

Já Jefferson não deve irritar tanto a torcida quanto William – não que isso seja muito difícil. Mas também está longe de ser uma solução para a falta de um camisa 9 competente. O jeito é torcer. E rezar.

Rivalidade máxima

Na falta de um Atletiba, a torcida do Atlético transforma o duelo com o São Paulo no seu grande clássico da temporada. Nem mesmo os confrontos com o Paraná – os três que já aconteceram e o previsto para o segundo turno do Brasileiro – mexeram tanto e causaram tanta expectativa nos rubro-negros quanto o jogo de amanhã, na Arena.

O primeiro motivo para tanta gana é óbvio. A pressão são-paulina para que a Conmebol tirasse a decisão da Libertadores da Baixada ficará para sempre na garganta dos atleticanos. A pergunta "E se o jogo fosse na Arena?" vai martelar na cabeça dos rubro-negros por toda a eternidade. A questão é até capaz de anular a superioridade técnica que o São Paulo de Autuori tinha sobre o Furacão de Lopes, um time aguerrido e embalado, é verdade, mas inferior à equipe paulista.

A polêmica decisão continental só fez esquentar a relação entre os dois clubes. Em campo, o primeiro Atlético e São Paulo pós-Libertadores foi tão quente que até Mário Celso Petraglia perdeu a cabeça, chamando o são-paulino Alex de assassino.

Fora dele, o aparentemente inofensivo empréstimo de Aloísio se tornou uma pendência judicial que se arrasta literalmente até hoje, quando a Justiça do Trabalho define se o Atlético deixou uma brecha aproveitada pelo rival ou se o São Paulo mais uma vez usou sua reprovável tática que alia esperteza e falta de ética.

E sem falar em Dagoberto, ídolo atleticano que definitivamente rompeu com os torcedores ao declarar seu desejo de jogar logo no São Paulo. Por tudo isso, amanhã o Caldeirão vai ferver com o duelo mais esperado do ano. E se a torcida achar a medida exata da pressão, como foi no 4 a 2 do ano passado, será impossível o Furacão perder.

Atletiba genérico

Apenas um adendo para o tópico anterior. Teremos, sim, um Atletiba em 2006. Está marcado para o dia 15 de outubro, válido por um torneio oficial e com transmissão de tevê para todo o mundo. Não entendeu? Explico: é o confronto entre o Coritiba B e o Atlético B, válido pela Copa dos 100 anos (aquela que comemora um centenário que não é centenário), ao vivo na TV FPF (aquela sob risco de sair do ar por causa de uma dívida da FPF com um provedor). Coisas de Moura...

O colunista Carneiro Neto está de férias.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]