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O senso comum da Libertadores indica que os brasileiros são os favoritos e os argentinos, a mais forte ameaça. De uns anos para cá, o favoritismo brasileiro aumentou, entre outras coisas, porque os argentinos perderam a força. Com raras exceções, os vizinhos impõe mais respeito pela fama copeira do que pelo futebol apresentado.

O Vélez Sarsfield é a confirmação dessa regra. Dentro do contexto do futebol argentino atual, é um dos times mais fortes do país. Acima dos gigantes Boca Juniors e River Plate, abaixo do verdadeiramente forte Newell’s Old Boys e no mesmo nível do Lanús. O problema é o parâmetro de força no futebol argentino.

Se no Brasil falta dinheiro aos clubes, na Argentina a penúria é de anos, reflexo direto da deterioração econômica do país. Lá, muito mais do que aqui, funciona a máxima de que só fica na Argentina quem é novo demais para seguir para o estrangeiro, quem definitivamente não tem nível para cruzar o Atlântico ou quem foi, deu tudo de si na Europa, e voltou para encerrar a carreira e se recuperar de um fracasso. Somem-se a isso dois fatores: há menos jogadores profissionais na Argentina do que no Brasil e o mercado mexicano absorve muitos argentinos que não conseguem espaço na Europa.

Em meio a todos estes senões, o Vélez tem um time muito mais experiente do que talentoso. O bom atacante Mauro Zárate é o único que se destaca unicamente pela bola no pé. Emiliano Papa, Leandro Desábato (fora), Sebá Domínguez e Fabián Cubero impõe respeito pela rodagem no torneio. E Lucas Pratto é um típico atacante de área, bom cabeceador e eficiente ao explorar qualquer vacilo do adversário. Mas falta, por exemplo, um jogador mais eficiente na armação. O Vélez começou a temporada passada com Fernando Gago e terminou com Emiliano Insúa. Se vira como pode com Cabral e Allioni, uma queda considerável.

Se o Atlético puser na cabeça que este Vélez é menos assustador do que sugerem o histórico dos seus jogadores, o passaporte argentino e o troféu da Libertadores no currículo – com o atual técnico Turu Flores em campo –, será possível trazer um bom resultado do José Amalfitani. Mesmo sem Marcelo, mesmo com Miguel Ángel Portugal ainda procurando um cérebro para o seu time – hoje, a tentativa será com Mirabaje.

O melhor caminho é atacar nas costas de Papa, tanto com Éderson como com Sueliton. Do outro lado, Natanael deve ter mais dificuldade em atacar, pois será em cima dele o avanço de Zárate. E como é jogo para Vélez na pressão e Atlético contra-atacando, João Paulo será fundamental para organizar o jogo e ser o estilingue que mandará a bola para Éderson e Mosquito.

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