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E lá se foi o último domingo sem futebol da temporada. Sim, eu sei, teve o amistoso em Londrina, mas ali era mais para show e para a grade da tevê do que para o jogo jogado, que começa para valer em todo o país a partir do próximo fim de semana.

Por aqui, a inusitada expectativa de uma competição oficial do Estado sem a presença do Paraná. E apenas com dois times de peso em Curitiba (o Corinthians-PR ainda tenta ganhar espaço, mas parece patinar), fato inédito na história de nosso campeonato estadual. Durante anos houve o predomínio do que se conhecia por "Trio de Ferro", a partir de Coritiba, Ferroviário e Atlético – e que depois se estendeu pelas derivações do Ferroviário. Em tempos de divisões regionais, que permitiam a coexistência de sete equipes na mesma cidade – se a memória puxar para a existência de Palestra Itália, Bloco Morgenau, Britânia e Água Verde, além dos três grandes.

Na teoria, pelo que se sabe dos demais clubes – e pelo que não se sabe do Atlético –, o Coritiba larga novamente com o favoritismo. Está com o time completo, pronto, reabastecido nos pontos em que negociou jogadores e com uma proposta ousada, de êxito numa temporada que vai bem mais além do que uma terceira conquista estadual consecutiva. A única dúvida que se põe é quanto ao grau de facilidade, pois no ano passado tirou de letra, disparando na frente e não oferecendo qualquer chance de bloqueio às suas pretensões.

O contraponto poderia ser o Atlético, que infelizmente voltou a adotar a retrógada política de se esconder na toca, como se isso trouxesse benefícios técnicos em campo. E ali é tudo uma grande incógnita, a começar pelo treinador, que teve lá seus momentos de glória no futebol de seu país, outros momentos de fracasso quando arriscou se estabelecer em outras plagas e que terá de superar uma (sempre) difícil fase de adaptação ao novo idioma, a novos costumes e a outro estilo de futebol. E com os mesmos jogadores que pouco fizeram na temporada anterior, rebaixados para a Segunda Divisão do futebol nacional.

Para os times do interior, reservo aqui duas expectativas pessoais: Operário e Londrina. Pelo que significam de tradição e pela importância que têm as cidades que representam. A falta de calendário contínuo não tem permitido aos pontagrossenses a manutenção da mesma base, mas, ainda assim, o trabalho por lá não foi interrompido. Já o Londrina merece bem mais que uma simples figuração. Para quem já teve time campeão estadual, terceiro do Brasil e de repente sumiu completamente do ranking nacional, o retorno à primeira divisão paranaense não pode ser simplesmente para constar ou valorizar jogadores para o mercado.

Mas, enfim, daqui a uma semana, aqui mesmo nesse espaço, já poderemos ter uma boa noção do que essa temporada vai nos trazer. Que seja o melhor possível.

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