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A qualquer momento o ano deve começar para o Atlético. Pois o que houve até agora, vamos admitir, não serviu para nada. Ou melhor, serviu, sim, para mostrar como não se deve fazer com um clube em início de temporada.

Já são dois meses perdidos nessas indecisões e ruptura do que deveria ser o planejamento. Se até funcionava com a reclusão dos titulares, enquanto os alternativos jogavam o campeonato estadual e se cobrava apenas uma ou outra partida oficial para dar ritmo de jogo aos jogadores principais, agora ninguém sabe realmente o que fazer.

Primeiro porque houve uma decisão repentina – até não agora não explicada – de pôr em campo os atletas que haviam acabado de chegar da temporada na Espanha (onde mais jogaram e pouco se prepararam). E aí, o segundo time, que estava começando a pegar ritmo, saiu de cena, abrindo espaço para o outro, que ainda estava pior, sem a mínima condição de começar a disputar partidas pra valer.

Estourou no técnico, é claro, pois dirigente algum seria capaz de assumir o mea culpa e se auto punir. Imagine se aconteceria um dia. Agora há outro treinador, disposto a encarar a situação, seja de que maneira for. Se for para escapar, tudo bem (e as contas apertadas até permitem a hipótese). Se for para disputar o Torneio da Morte, também. Porque aí, cá entre nós, perante à fraqueza dos demais fracos, não há como imaginar qualquer possibilidade de queda.

Uma das primeiras providências do novo treinador foi promover alguns dos integrantes da ‘equipe alternativa’ para o grupo principal. Medida importante, reforçando o quadro para a longa jornada nacional que começa nos próximos dias. Mas ele, tanto quanto todos nós, sabe que ainda é muito pouco para permitir aspirações maiores do que outra simples figuração entre os melhores clubes do país – o que reflete na queda de interesse da torcida e na difusão do foco de fora para dentro, que já esteve muito em alta há uns dez anos, quando o Atlético era time de chegada e estava a um passo da afirmação definitiva.

Há carência técnica e necessidade de contratações específicas, para fazer o time voltar a produzir. Um meia de criação, indispensável. E um atacante que chute a gol, assumindo o risco de errar para poder acertar (como Marcelo fazia até o ano passado). Aí daria para começar a prever um futuro melhor.

Inveja

Interrompi um pouco a redação da coluna para assistir a partida entre Barcelona e Manchester City. Quase não voltei a escrever. Deu um desânimo ao tentar mensurar a distância entre o que se vê por lá e o que se pratica por aqui que nem é bom mesmo entrar no assunto.

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