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A diferença foi que o Atlético quis jogar e o Coritiba entendeu que poderia levar a partida ao natural, por conta da superioridade técnica de seus jogadores. E como o clássico Atletiba tem resultados marcantes no seu histórico, o de ontem certamente entrará para o rol dos mais interessantes.

Porque de um lado põe uma equipe que, indiscutivelmente, está acima das demais que disputam o campeonato estadual. E da qual chegou-se a imaginar ser possível levar a competição de ponta a ponta, sem necessidade de decisão extra entre os campeões de turnos. E do outro situa um adversário que, a rigor, entrou apenas para preencher espaço, fruto do desprezo da diretoria do clube pela competição, a ponto de segregar seus titulares, isolando-os completamente do mundo, para substituí-los por jogadores alternativos, que sequer têm assegurados seus futuros na própria agremiação.

Só que o tal favoritismo virou o fio em algumas partidas e permitiu criar esperanças aos concorrentes mais próximos. Dentre eles os tais alternativos, que, contrariando os preceitos de seus superiores, decidiram unir forças em busca de um campeonato muito particular: o da afirmação. E daquele time que começou a temporada se enroscando em casa contra oponentes fracos, dando até impressão que situações mais difíceis poderiam até ocorrer, nada mais resta de uns tempos para cá.

E foi com essa vontade, com muita garra que o Atlético alternativo, clone, sub-23, seja lá como for chamado, encarou a partida de ontem, enquanto o Coritiba, indolente, pagou para ver a ação dos antagonistas. E pagou caro, pois, após um início até aceitável, com bola dominada e algumas chances de ataque, se entregou de tal forma que o lance final, a entregada do Escudero, registrou a imagem do que foi o clássico.

Escrevi no meio de semana que esse Atlético de segunda opção vinha sendo bem mais convincente do que o outro, guardado e isolado apenas para as competições nacionais – que quando entra em campo mostra a visível falta de ritmo de jogo. E ontem, passando o Atletiba a limpo, foi muito mais convincente e mereceu todos os louros da conquista.

A decisão

Ainda está em aberto, embora o Atlético dependa apenas de suas próprias forças. O Londrina, que jogou muito bem ontem – apesar de toda a fragilidade do J. Malucelli – e construiu o resultado à vontade, tem a difícil missão de precisar fazer o resultado contra o Coritiba, no Alto da Glória. Que pode ser até de empate, desde que o Atlético perca para o Operário, em Ponta Grossa. Se o Atlético empatar, o Londrina precisa vencer.

Mas como o Operário não está morto e precisa do resultado para tentar chegar à vaga na série D, os valentes rubro-negros não terão boa vida. Mas quanto a isso eles já estão acostumados.

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