Rebelam-se os clubes contra as federações. Clamam por justiça, por consideração, por respeito e o que mais se possa imaginar. E, com isso, voltam a falar na criação de ligas a serem administradas pelos próprios clubes, sem interferências de interesses menores, que nada contribuem para o futebol profissional.

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Só que os próprios clubes já fracassaram na tentativa de gerir seus campeonatos e suas contas conjuntas. A pulverização do Clube dos 13 foi o maior exemplo. Já começou errado, com uma ideia elitista e segregacionista, incluindo como membros apenas aqueles que de uma maneira ou outra cobririam interesses. O Bahia foi o décimo terceiro.

E mesmo depois, quando outros clubes foram agregados para permitir a elaboração de um campeonato rentável, a discriminação continuou sufocando os ditos menores, pela enorme diferença na divisão de receita entre cada um deles.

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E assim, tanto foi que a agremiação se desestabilizou, perdendo o rumo, deixando de ter importância com o passar do tempo, até se extinguir de vez, sem choro nem lamúrias. Simplesmente evaporou, sem deixar boas lembranças.

Coritiba e Londrina decidem

O Coritiba usufruiu de sua superioridade técnica sobre o Cascavel para fazer do segundo jogo do confronto direto uma espécie de treinamento de luxo. Já derrotado em casa na primeira partida, o Cascavel veio ao Alto da Glória para tentar pelo menos uma despedida honrosa do campeonato paranaense de sua história. E, por isso, abriu mão das jogadas de ataque, praticamente sem dar trabalho ao goleiro Vaná.

Sendo assim, a vitória coxa veio ao natural, sem forçar a barra, até mesmo com o direito de trocar dois jogadores no intervalo, para poupar os titulares e dar ritmo de jogo aos reservas que ainda não atingiram o nível dos demais.

No triunfo de ontem, o segundo gol foi uma pintura. A exemplo de outra jogada que acontecera minutos antes, a bola foi tocada de pé em pé desde o campo de defesa sem interferência de qualquer oponente, até a conclusão do artilheiro Rafhael Lucas.

O Coritiba chega inteiro à semifinal, com direito novamente a decidir a vaga em casa. E contra o Londrina, que eliminou o Maringá nos pênaltis e mantém acesa a esperança de chegar ao bicampeonato. É um confronto de muita rivalidade e sempre de ânimos acirrados.

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Super fantasma

O Operário não fez a melhor campanha entre os times do interior por acaso. Já na primeira partida desse confronto com o Paraná Clube tomou conta do jogo, anulando as principais peças do adversário e deixando no Alto da Glória a boa impressão de favorito para ficar com a vaga na semifinal.

E ontem, em Ponta Grossa, só fez confirmar seu melhor handicap. Venceu com propriedade, com placar folgado e ainda fez de Marcos, goleiro paranista, um dos melhores em campo.

Agora aguarda por Malucelli e Foz, que se enfrentam hoje. Como favorito.