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Embolou tudo. A duas rodadas do término do returno, o Campeonato Paranaense volta a dividir as atenções entre Coritiba e Atlético. A sofrida vitória atleticana na Vila Capanema (contra o bem montado Arapongas, não de graça o melhor do interior na classificação geral) permitiu a aproximação entre os dois primeiros colocados, levando para o Atletiba de domingo que vem o encaminhamento da decisão do título da temporada.

Cheguei de Ponta Grossa ainda a tempo de assistir praticamente toda a partida da Vila, da dureza que foi garantir o resultado contra um adversário que jamais se entregou. E passando pela dificuldade da insistência do treinador com a escalação de Renan Foguinho na zaga, o que, positivamente, não deu certo, por absoluta falta de cacoete (e contando com zagueiro de ofício no banco, vá entender).

Mas, tirando isso, o time se comportou bem para garantir o resultado que devolve as chances de chegar ao título estadual sem a necessidade de decisão extra. O Atlético agora volta a depender apenas de suas próprias forças, beneficiado pelo empate entre Operário e Coritiba.

E esse de Ponta Grossa foi um jogaço. Porque a alternância do placar assim exigiu, cobrando esquemas táticos mais ofensivos dos dois treinadores. Primeiro, de Lio Evaristo, que levou um gol a quatro minutos e teve de mandar todo o Operário para a frente. Depois, de Marcelo Oliveira, que até imaginou poder segurar o resultado, optando pela entrada do jovem volante Artur quando Gil se machucou. Já tinha levado o empate, levou a virada. Daí voltou para o segundo tempo mais aberto, sem Artur e com Éverton Ribeiro, e empatou novamente.

Foi um jogo de golaços, da bicicleta de Baiano ao sem pulo de Éverton Ribeiro. Mas também dá para dizer ter sido o dos gols perdidos, tantas foram as oportunidades desperdiçadas que até me perdi nas contas – pelo menos três claras para cada lado, algumas delas na faixa do "inacreditável futebol clube".

O resultado não foi bom para nenhum dos dois, pois o Coritiba perdeu a chance de manter o isolamento na ponta da classificação enquanto o Operário afastou as possibilidades de disputar o título do segundo turno, único caminho para garantir calendário nacional nos próximos meses.

Mas nada perdido, continua dependendo apenas de suas forças. A vantagem de dois pontos na chegada do clássico pode ser um fator importante no confronto direto. E uma vitória domingo que vem garante vaga para a final.

E o Londrina, que tanto correu, tanto marcou presença no segundo turno, enroscou-se no desesperado Roma, que empatou no último minuto e ainda se debate para não cair.

Despedida

E o Iraty foi rebaixado com duas rodadas de antecedência. Ou melhor: chancelou sua queda já esboçada antes mesmo do início do campeonato, quando ameaçou não disputar. Jogou para cumprir tabela, dando a impressão de estar torcendo para os dias passarem rapidamente.

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