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Estranho esse Atlético, muito estranho. Passa por inúmeras dificuldades no Campeonato Paranaense, sofre para se desenroscar dos últimos colocados, é eliminado pelo modesto Tupi na Copa do Brasil e daí estreia no Campeonato Brasileiro humilhando e goleando o Internacional – sim, de uns tempos para cá, com a carência de gols na média do futebol, 3 a 0 é considerado goleada.

Não foi uma vitória ao acaso, construída por jogadas fortuitas. Verdade que os gaúchos atacaram mais, finalizaram mais, acertaram duas bolas na trave. Mas os atleticanos souberam se defender muito bem e já começaram ontem a mostrar uma saída de bola que até então não existia – é bom recordar que a bola direta do goleiro era, então, a arma do ataque.

Lá atrás as coisas começaram a dar certo depois da estreia do zagueiro Kadu, estabilizando a linha defensiva que tanto ofereceu espaço aos adversários até pouco tempo. No meio de campo, Felipe começou a se soltar, depois de cerrada marcação da torcida, e com ele o time vai se liberando com mais facilidade à frente. Marcos Guilherme finalmente justifica convocação para a seleção brasileira Sub 20, assumindo a função de municiador do ataque rubro-negro.

Mas é claro que a diferença quem faz é Walter. Mesmo com aqueles quilos a mais, pois é assim que ele se sente bem. Já havia feito um gol contra o Tupi – não suficiente para a classificação – e ontem fez o primeiro, arranjou o pênalti para Felipe marcar o segundo e cruzou para induzir ao erro o zagueiro Paulão, que marcou contra.

Os jogadores saíram aplaudidos de campo e a torcida entusiasmada com esse time bipolar, que largou da melhor forma possível no Campeonato Brasileiro.

Não é tudo isso, o torcedor sabe, mas uma boa estreia sempre é animadora.

Nada mudou

No sábado, o Coritiba de sempre. Com algumas virtudes (de sempre) e os mesmos erros. Virtude do jovem Rafhael Lucas, oportunista e técnico para fazer um gol logo nos instantes iniciais da partida contra a Chapecoense. Mas essa vantagem no placar se mostraria ilusória dali em diante, tamanho o predomínio dos catarinenses à medida que a bola ia rolando.

E aí vieram os defeitos. Do goleiro, no primeiro gol, agravando um problema que já se mostra crônico desde o início da temporada, após a despedida de Vanderlei. Vaná, o substituto ungido, não conseguiu se firmar e suas falhas nos jogos decisivos do campeonato estadual provocaram seu afastamento. Bruno, o substituto (que já tem passado questionável no Criciúma), fez sábado o segundo jogo. E falhou em ambos, oferecendo gols decisivos ao Fortaleza e à Chapecoense.

Como visitante camarada, o Coritiba mantém o preocupante perfil de fraco rendimento fora de casa. E, em Chapecó, não aconteceu nada diferente.

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