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Condenado, esnobado, execrado, o campeonato estadual voltou a ser a primeira meta dos (ditos) grandes clubes no início da temporada. Saída lógica e racional, que nossos dirigentes fingiam não enxergar em anos anteriores.

No ditado simplista seria o “melhor um pássaro na mão do que dois voando”. De nada adiantariam promessas de grandes conquistas internacionais se nem o domínio do próprio terreiro estava sendo possível. E o torcedor, por mais que se orgulhe de patrimônio e de grandes feitos, no fundo do fundo quer o básico: ser campeão. E ultimamente só podia contar vantagem de conquistas de equipes de base e de torneios menores. De bom, de poder azucrinar o rival, nada.

Teve um lado bom esse desinteresse de Atlético e Coritiba, principalmente, pela competição doméstica. Outras forças, até então desacorçoadas, cresceram com a possibilidade de darem a volta olímpica. E o que se viu foram cidades outrora fortes no futebol e que ultimamente nem mais se importavam com situações de coadjuvantes, voltarem a ser protagonistas. Londrina e Maringá decidiram um título, lotando os dois estádios no confronto final. Ponta Grossa reanimou-se com a força do Operário e fez festa como nunca havia ocorrido antes.

Esse doce sabor da vitória manteve em alta o interesse pelo futebol nessas praças e o que se ouve por lá são somente expressões de otimismo para esse campeonato que se aproxima. O mote é: se conseguimos uma vez, por que não outra?

O Maringá se reforça, o Operário tentou manter a base do time campeão (mas no futebol brasileiro, pobre de recursos, isso é muito complicado) e o Londrina vem no status de novo integrante da Série B do Brasileiro, o que significa garantia de recursos para a manutenção de um bom grupo na temporada.

Se já vêm fortes, como é de se imaginar, agora terão pela frente adversários mais poderosos levando a disputa a sério. O Paraná Clube ainda é o único que não deu o passo maior, mas, prudente, firma os pés no chão para tentar não cair mais na tentação de comprar o que não pode pagar.

Coritiba e Atlético, sim, reforçam seus times com contratações que não mais se destinam a encher prateleiras ou formar produto de venda futura. São jogadores que chegam para marcar passagem pelo futebol paranaense, alguns deles na perspectiva de reencontrar seus horizontes por aqui, como outros que chegaram apagados e retomaram carreira de glória (como Éverton Ribeiro, por exemplo, que chegou até a seleção brasileira).

Sinais positivos, portanto, para um campeonato que retoma sua intensidade e que pode resgatar a emoção do confronto direto, tão salutar ao crescimento do futebol.

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