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A expectativa sempre existe a cada início de temporada. Para os torcedores, sempre a melhor possível. O torcedor é um otimista por natureza e só consegue ver méritos em seu próprio time (clube), sem medir parâmetros com os concorrentes diretos.

Claro que com o passar do tempo, o desenrolar dos jogos, pode ir se decepcionando ao perceber não serem tão eficazes assim os tais reforços contratados pela diretoria. E aí o projeto “rumo a Tóquio” pode se resumir à satisfação de se manter na mesma divisão nacional e, quem sabe, de quebra, à conquista do título estadual.

Título estadual que está no cronograma de pelo menos três dentre os nossos quatro, digamos, grandes do futebol paranaense. Não sei se poderia cravar o Paraná Clube em meio aos candidatos, tantos ainda são os problemas para a atual gestão tentar resolver. A começar pelo fôlego financeiro, que, se não é tão catastrófico quanto em temporadas anteriores, ainda não permite garantir pagamento em dia aos seus jogadores e funcionários.

Atlético, Coritiba e Londrina focam na conquista estadual, a única realmente viável a grosso modo. O Atlético, que por tanto tempo desprezou a competição, sentiu o prazer da volta olímpica no ano passado e teve no título comemorado o trampolim para uma interessante campanha nacional, a ponto de garantir vaga para a Copa Libertadores da América. Que, aliás, começa para os rubro-negros já no fim do mês, com o confronto eliminatório contra os colombianos do Milionários.

Para o Coritiba, projetar o troféu estadual também é obrigação, ainda mais pelas decepções nas últimas três decisões, com eliminações elásticas e não imaginadas. E o Londrina, agora estabilizado no cenário brasileiro, também se põe, com todo direito, como aspirante a mais uma jornada vencedora.

Mas isso é apenas o básico, pois o upgrade é o que mexe com o torcedor e dá maior visibilidade ao clube. Seguir em frente na Copa do Brasil, por exemplo, tentando interpretar e tirar proveito do novo regulamento, que é mais perigoso e elimina os contendores em apenas uma partida. Subir à Primeira Divisão, para Paraná Clube e Londrina. Este chegou perto, pode ser que dê certo neste ano. E os paranistas podem ganhar gás no Campeonato Paranaense justamente para terem combustível para buscar sair da Segundona, onde já se encontram há dez anos.

O Coritiba precisa largar a sina do sofrimento anual para não cair e pensar grande, pelo menos em ocupar a parte superior da tabela. Mas ainda precisa contratar mais. E o Atlético, estabilizado, tem no desafio continental sua melhor prenda. Quanto mais longe for, melhor, embora pegue um grupo pesado se passar pelas duas primeiras etapas.

Assim, no papel, tudo é otimismo. Resta saber se em campo esse estado de espírito será também concretizado

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