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Tão surpreendente quanto a decisão de esconder o time principal a cada início de temporada foi a notícia de ontem lá do CT do Caju: o Atlético voltará com o time principal ao Paranaense, já a partir do jogo de hoje, contra o Foz do Iguaçu.

Ou talvez não mais tão surpreendente assim, por conta das atitudes mais recentes de seus dirigentes, ao quebrarem aquela muralha de ódio com os clubes rivais e promoverem a aproximação em prol da luta por reivindicações comuns.

Não tivesse nascido de birra pessoal, a medida proposta pelo Atlético tinha lá seus fundamentos. E o principal deles era poupar seu valioso patrimônio técnico de um calendário desgastante que os estaduais proporcionam. Mas não a ponto de radicalizar, como vinha acontecendo. A regra do 8 ou 80 não valia no caso.

E o que se viu foram inícios difíceis da equipe principal no Campeonato Brasileiro, pois, sem ritmo de jogo, usava a própria competição oficial para entrosar suas peças. E tudo o que se pedia era uma partida ou outra dos titulares, mesmo que nas partidas em casa, sem desgaste de viagens.

Até mesmo no ano passado poderia ter funcionado com Adriano (embora dali nada se possa tirar de certeza), que pediu e pediu para jogar algumas partidas, disposto a entrar em forma para estrear bem na Libertadores. Um gol aqui, outro ali, em times mais fracos, poderiam incentivar a manutenção de seu cronograma de recuperação. Como não permitiram, a Libertadores foi seu laboratório e ele, sem pique, sentindo-se desmotivado, foi perdendo novamente a disputa para os tantos problemas que o cercam.

Hoje, portanto, um grande momento para o torcedor rubro-negro, que não precisa esperar até abril ou maio para ter contato com o seu time principal. E para os jogadores também, conforme foi possível perceber na entrevista de quarta-feira do goleiro Weverton, ansioso pelo reencontro com a torcida na Baixada. Atlético e Foz tornou-se uma partida mais do que especial.

Parceiro é parceiro

Ouvi e li muitas críticas ao presidente do Atlético por desfazer a parceria com o Foz, chamando seus jogadores de volta pelo fato de o clube do Oeste não se alinhar na mesma frente política para a eleição na FPF.

Ele já tomou muitas atitudes truculentas e incompreensíveis ao bom senso geral. Mas dessa vez ele agiu com a razão. A quem o Foz se aliou para poder estabelecer um projeto de crescimento? À Federação ou ao Atlético, que nada cobrou pela cessão dos atletas e ainda se responsabilizou por pagar seus salários?

Na hora de estarem na mesma trincheira é com os parceiros que se conta. Se os interesses são antagônicos, a parceria está automaticamente desfeita. E assim se fez.

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