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Estádio cheio – 22.950 pagantes, recorde do ano – , torcida animada, na hora da execução do Hino Nacional, uma explosão de alegria. O serviço de som anunciava a eliminação do Atlético na Copa do Brasil.

Mal sabia a torcida do Coritiba que esta seria praticamente a única alegria da noite, pois dali a pouco, logo aos 4 minutos, o Belgrano faria 1 a 0 e nada mais daria certo para os alviverdes na noite que, segundo se imaginava, tinha tudo para ser festiva no Alto da Glória.

Mas o time foi mal, permitindo o domínio do adversário, que ainda teve outras boas chances de gol. E quando veio a chance, num pênalti, Kazim desperdiçou, embora Leandro, bom cobrador, estivesse em campo.

Como nada funcionava e desgraça pouca era bobagem, veio o segundo gol dos argentinos e mais outra chance clara de gol. Só não foi maior o sofrimento porque houve outro pênalti e desta vez foi o cobrador oficial quem bateu. Leandro diminuiu o placar, mas não amenizou a amargura de quem foi a campo e acreditava em sorte maior.

E o Coritiba continua na sua sina de jamais passar da primeira fase de uma disputa internacional (a primeira fase foi nacional) sul-americana. Ainda tem chance de reverter no jogo da volta, em Córdoba, desde que faça dois gols lá na Argentina.

No fundo do fundo, dá para acreditar?

E não é que quase deu?

Poucos acreditavam no sucesso do Atlético em Porto Alegre. Afinal de contas, havia perdido em casa, estava com o time desfalcado e tinha de recuperar o resultado contra um Grêmio que ganharam motivação pela contratação do novo treinador.

Mas os rubro-negros conseguiram levar para os pênaltis, numa sessão pastelão de cobranças não aproveitadas, e deixaram escapar a vaga no momento mais favorável, quando Weverton – que até então havia defendido três cobranças – tirou a cobrança de Juninho e decidiu bater. Não era o momento; ele quis ser o herói em hora errada. Perdeu, o goleiro gaúcho pegou e, na sequência seguinte, o Grêmio se classificou.

Talvez fosse muito exigir cabeça fria de meninos que ainda não estão maduros o suficiente para assumirem tamanha responsabilidade. Tanto que João Pedro, Otávio e Zé Ivaldo desperdiçaram. Mas Weverton bem que poderia ter deixado Juninho bater, pois a cobrança dele Marcelo Grohe já conhecia dos treinos da seleção brasileira. Não deu, mas pelo menos teve emoção até o fim.

Na bola rolando, o que se viu foi um Atlético todo atrás, atraindo para seu campo o Grêmio. Quando ainda contava com André Lima em campo, tinha pelo menos a jogada de contra-ataque e a chance de finalização. Tanto que foi assim que saiu o gol, na bola largada pelo goleiro gremista.

A partir do momento da lesão do avante, ao substituí-lo por Marcos Guilherme, o técnico Paulo Autuori abriu mão das chances de ataque. Para piorar, o reserva ainda vive seu momento terrível e não consegue mais se apresentar como nos tempos em que chegou a ser destaque da seleção brasileira sub-20.

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