Observando a classificação do Paranaense, puxei pela lembrança a conversa que tive com um amigo maringaense, dois anos atrás. Lá na hospitaleira e aprazível Maringá conversávamos sobre a final que ocorreria no dia seguinte, entre Maringá e Londrina. Ele, animadíssimo, sonhava com a conquista do título após o empate no primeiro jogo, no Café (houve novo empate e deu Londrina, nos pênaltis).

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Mas aí puxou a respiração e disse: “vai ser uma festa do interior, com tudo a que temos direito. Mas tenho consciência que só estamos disputando título porque os dois grandes largaram o campeonato. A diferença de budget (ele disse assim, eu preferiria orçamento) é muito grande, não podemos acompanhar”.

Realmente Atlético e Coritiba não pareciam estar nem aí para a competição estadual. O Atlético naquela pendenga com a Federação, tentando desvalorizar o campeonato ao escalar o tal do time sub-23. E o Coxa quase no mesmo caminho, iniciando com uma equipe alternativa e depois inserindo alguns cascudos. Não chegaram e os dois finalistas tiveram todos os méritos de alcançar a decisão.

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No ano passado o Atlético tentou repetir a fórmula, desistiu no meio do caminho e pôs em campo uma equipe principal sem nenhum preparo, mal das pernas, pagando vexame de disputar a repescagem entre os candidatos ao rebaixamento. O Coritiba bem que tentou, mas não conseguiu se ajustar e levou um passeio do Operário nas partidas decisivas. E a minha Ponta Grossa pôde vibrar com um clube campeão paranaense.

Só que agora as coisas mudaram. Ou pelo menos assim aparentam, concluídas as duas primeiras rodadas do campeonato de 2016. Os três da capital têm aproveitamento total, juntamente com o Londrina, que vem de um incrível trabalho de escalada com a gestão Malucelli. Foram vitórias incontestáveis, algumas bem folgadas, à espera de uma real prova de fogo. Que pode ser a da próxima quina-feira, entre Coritiba e Londrina, no Alto da Glória. Aí sim, vamos ter uma boa noção do que nos reserva o campeonato deste ano.

Não merecia

Injusto, totalmente injusto. O Coritiba foi melhor que o Grêmio o tempo todo, criou condições, fez um gol erradamente anulado, pôs uma bola no travessão, exigiu algumas boas defesas do goleiro do Grêmio e saiu com derrota em Porto Alegre. E tudo por um descuido do volante Amaral, que entregou um gol de presente para Douglas selar a vitória gaúcha nesse confronto da Primeira Liga.

Claro que derrota não é bom em nenhum caso, mas o Grêmio só venceu por conta do gol de brinde. E o ponto positivo, para o Coxa, foi a boa apresentação – mesmo sem Kléber, desfalque de última hora e principal jogador do time – da equipe, confirmando a boa largada nesse início de temporada.

Poderia ter sido melhor, mas o futebol é feito de detalhes. E um destes decidiu o jogo.

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