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O primeiro tempo mostrava uma partida terrível, insossa, sem lances mais intensos ou de maior emoção. Impossível dissociar o maior clássico paranaense da despedida de um dos seus maiores protagonistas, Washington, o artilheiro dos anos 1980, falecido na manhã de ontem.

Impossível porque no tempo dele o jogo fluía, para um lado ou para o outro. Ou para ambos. E o que se via era um clássico bem disputado, corrido, com muitos lances de gol. Quando não gols dele ou do parceiro Assis. Washington foi merecidamente aplaudido no minuto de silêncio em que o estádio Willie Davids lhe prestou de homenagem.

E mais ainda pelo segundo tempo, que teve seu Atlético tomando conta da partida, trocando a ligação direta entre goleiro e ataque pelo toque no chão, pela construção de jogada a partir do meio de campo. E chegando ao gol logo de pronto, na jogada mal anulada de Natanael (e aí, uma atenuante para o assistente, pois o lance foi muito rápido e a primeira impressão foi mesmo de impedimento, o que só não se comprovou na bola parada da tevê).

No Coritiba, o momento ainda é de indecisão. O técnico Celso Roth não consegue encaixar as peças e ontem chegou com uma nova opção tática, com três zagueiros, podendo liberar os laterais, transformados em alas. Não era o caminho. Nas suas costas, desciam os dois laterais do Atlético, encontrando brechas na retaguarda Coxa e alçando bolas na grande área alviverde. Tanto que o próprio Roth mudou de ideia, trocando um zagueiro por um atacante, quando o placar já não lhe era mais favorável.

O Atlético já vencia por 2 a 0 e ainda forçava mais. Marcos Guilherme, menino de talento indiscutível, havia perdido uma boa chance, mas no lance seguinte fez o primeiro gol. Jogando na posição que conhece, de meia que liga o ataque e chega na área para finalizar (e não como atacante avançado, como queria o trapalhão espanhol que comandava o time até dia desses). O segundo gol nasceu de uma bela cobrança de falta de Natanael e da fatalidade de Luccas Claro (que já havia desviado a bola do primeiro gol), marcando contra.

Resultado justo: premiou quem mais procurou o ataque. O Atlético está encontrando sua identidade com o técnico interino Leandro Ávila (que em dois jogos mostrou mais que o antecessor internacional), enquanto o Coritiba ainda precisa melhorar muito para se redescobrir. Bem que Roth tem sem esforçado, mas o material humano parece estar muito abaixo do recomendável para uma campanha decente na primeira divisão nacional.

Vitória

Sábado à noite, o Paraná venceu. E jogando bem. Passou pelo Náutico com sobras, mas o técnico Claudinei Oliveira está preocupado com a continuidade. A falta de caixa pode desmontar o grupo na parada da Copa do Mundo. E aí não tem quem salve mesmo.

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