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No primeiro lance do jogo do Alto da Glória, Lincoln tirou o peso das costas. Fez o gol do Coritiba e afastou possíveis cobranças pela contusão que ocasionou no argentino Botinelli na disputa de bola em treino. E abriu o caminho para a vitória que deu a liderança isolada ao Coxa.

Os concorrentes diretos ficaram pelo caminho. Tanto Paraná quanto Londrina tiveram de correr atrás do resultado, depois de levarem gols de Operário e Cianorte, respectivamente. E tiveram de comemorar empates que não eram bem o que havia sido planejado. E o J. Malucelli, como quem não quer nada, já foi chegando para o bloco de cima e hoje é o vice-líder.

Escrevo de Ponta Grossa, onde o Paraná não soube se impôr para manter acesa a disputa direta com o Coritiba. Aceitou o jogo do Operário e só reagiu depois de levar o gol. E aí é de se perguntar: por que não atacar antes, quando era possível melhor explorar o ataque? Que, aliás, tem sido, a pedrinha no sapato do técnico Toninho Cecílio. Resultado justo, mas que não agradou a nenhum dos dois oponentes.

Os clones

E mais uma vez a torcida do Atlético se decepcionou. Não que tivesse muita expectativa para a partida contra o Paranavaí, como de resto para o todo do Campeonato Paranaense. Se a própria diretoria do clube não dá a mínima importância para a competição, como é que o torcedor pode querer mais de um time que é fraco e daqui a algumas rodadas poderá estar se debatendo para tentar escapar da ameaça de rebaixamento?

Mas o torcedor torce, não adianta. Tem coração, tem paixão. Não vê o clube como um negócio, como uma empresa e sua fria estrutura de lucros e perdas. E acredita que, ainda assim, com todo esse descaso de seus cartolas, há uma chance de torcer e vibrar com os gols rubro-negros – nem que sejam dos clones que puseram para representar toda uma tradição de mais de 80 anos de história no futebol. É, mas ontem não foi assim. O time passou o tempo todo do jogo sem criar, a rigor, uma oportunidade trabalhada de marcar. E ainda teve de suportar uma série de escanteios para o adversário nos instantes finais da partida. Como se o ACP fosse o dono da casa, tentando derrubar o debilitado oponente.

Mais um empate em casa, contra um adversário que ainda saiu lamentando ter conseguido apenas um ponto no campo daquele que, teoricamente, seria o favorito. Com o agravante de estar queimando alguns jogadores com bom potencial, que não vão encontrar mais espaço no futuro do clube. E enquanto o clone se arrasta por aqui, o time titular volta a jogar hoje no torneio da Espanha. Pega o Dínamo de Kiev, sem seus principais titulares. Depois da goleada na boa estreia, é de se imaginar bom rendimento hoje. E a turma que vá mesmo se preparando, pois, pelo jeito, terá de apagar incêndio quando estiver de volta ao Brasil.

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