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O retrospecto já anunciava: o Coritiba só venceu por dois ou mais gols de diferença nas partidas que disputou em casa pela Copa do Brasil. E ontem, para confirmar a regra, manteve a escrita, despachando o São Paulo e se habilitando a disputar pelo segundo ano consecutivo a final do torneio nacional.

Não foi fácil, como já era de se esperar. O São Paulo tentou marcar a saída de bola para explorar os contra-ataques, mas o posicionamento da equipe coxa estava perfeito. O técnico Marcelo Oliveira fechou os espaços para neutralizar o perigo Lucas e, com boa marcação (Willian foi um gigante, o melhor em campo), foi ganhando terreno até conseguir dominar a partida e organizar as jogadas de ataque.

Saiu com vantagem já no primeiro tempo, com o gol de Emerson, e chegou à vitória em outro gol de cabeça, mas aí totalmente inesperado, do baixinho Éverton Ribeiro. E quando os tricolores de abriram de vez para tentar compensar um resultado que não interessava, houve pelo menos mais duas claras chances de gol não aproveitadas pelos anfitriões.

O Coritiba mereceu a classificação. Já havia sido melhor na partida do Morumbi, quando perdeu o jogo em um lance de brilho individual. Ontem administrou uma vitória com garra e inteligência e merece disputar novamente a final. E agora – quem sabe? – com direito até a sonhos mais altos. Sem tempo

Ricardo Drubscky conhece, só precisa de tempo. E nem sou eu que digo isso e sim Alex, o ídolo coxa que hoje manda e desmanda no futebol da Turquia. Estivemos juntos na segunda-feira, no programa ÓTV Esportes. E ele disse no ar que o novo técnico do Atlético conhece de futebol e sabe montar uma equipe.

Trabalharam juntos no Cruzeiro, no início da década passada, quando Drubscky era a ponte entre os meninos da base e o time profissional. Aquele supertime que ganhou tudo, em 2003, tinha muito a ver com o trabalho executado pelo atual técnico rubro-negro.

Ele mesmo, Drubscky, pediu tempo. E já foram duas vezes. Na chegada, ao reivindicar para si o mesmo tempo que poderiam ter Toninho Cerezzo ou Jorginho (então cotados para o cargo), e após a apagada apresentação de sábado passado, contra o Goiás.

O problema é que o Atlético não tem tempo, precisa ganhar já, urgentemente, para estabilizar o ambiente e permitir a projeção de uma campanha pelo menos razoável pela frente. Porque o que hoje se descortina é um futuro incerto, sem qualquer possibilidade de ascensão à Primeira Divisão no término da temporada. Drubscky também disse estar à espera de reforços. Seu antecessor também estava e a qualidade dos poucos que vieram não permitiu qualquer esboço de esperança de melhores dias.

Então vamos fazer o seguinte, entendendo que agora pelo menos o treinador já tem quase duas semanas no comando da equipe: vamos imaginar o melhor possível para esta partida de sábado, contra o Ceará, em Fortaleza. Será que já dá para tanto?

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